Como fazer um planejamento estratégico: ferramentas e passo a passo

19 de agosto de 2020

Ter uma empresa que funcione com organização e com eficiência não é uma tarefa fácil. Para conquistar essas qualidades e alcançar uma performance de mercado exemplar será necessário investir em uma gestão eficiente e um bom planejamento estratégico.

Se você, enquanto empreendedor, busca desenvolver de maneira saudável sua empresa e quer uma posição de destaque no mercado, vai precisar ter um planejamento estratégico muito bem-estruturado, e é nisso que vamos lhe ajudar. Veja nossas dicas para se ter um bom planejamento na empresa e com seus colaboradores. Boa leitura!

A importância do planejamento estratégico

Uma das ferramentas de trabalho mais importantes para estruturar metas, diretrizes e a metodologia de trabalho de uma empresa é o planejamento estratégico. Ele é um resumo objetivo de quais as metas serão perseguidas, a identificação dos motivos que levam a essas metas e a forma como tudo será feito.

Além de sistematizar o esforço que deverá ser empregado e os caminhos a serem seguidos para o alcance dos objetivos propostos, quando o planejamento estratégico é bem-feito, ele ajuda a integrar a empresa demonstrando a todos, por meio de uma comunicação clara e direta, em que fase o negócio está, no que se acredita e quais serão as etapas futuras.

Ele também ajuda a unificar a comunicação de todo esse entendimento perante os funcionários, fazendo com que cada um entenda os motivos pelos quais ele foi designado para sua função.

O passo a passo para desenvolver um planejamento estratégico

Não há uma única forma de estruturar o planejamento estratégico, mas existem algumas etapas que devem ser seguidas no processo de elaboração dessa ferramenta para que ela seja eficiente e adequada ao negócio. Veja quais são esses passos nos tópicos seguintes.

Estabelecer a identidade organizacional

A identidade organizacional é a base para qualquer empresa de sucesso, já que será a partir dela que as decisões serão tomadas, elaboradas as políticas e os regimentos internos, definida a cultura organizacional e outros elementos da empresa.

Na prática, deverão ser estabelecidas a missão, a visão e os valores (MVV). Entenda melhor cada um desses termos:

  • missão: trata-se da razão pela qual a empresa foi criada;
  • visão: é a situação que a empresa pretende alcançar;
  • valores: são os princípios que devem ser seguidos por todos os colaboradores e gestores do negócio.

Pode-se buscar inspiração em outras empresas no mercado. Por exemplo, a missão da Tesla Motors é “acelerar a transição do mundo para utilização de energias sustentáveis”. Entretanto, lembre-se que a identidade organizacional deve ser única e pensada especificamente para seu negócio.

Definir o objetivo

Aqui deve ser estabelecido o caminho a ser percorrido pelo negócio, ou seja, seus objetivos e suas metas. Os objetivos são os resultados mais abrangentes e que deverão ser conquistados em longo prazo. Já as metas são de curto prazo e funcionam como uma trilha para alcançar os objetivos. Para elaborá-las adequadamente, faça com que elas sejam SMART. Veja o que significa essa sigla:

  • S (específicas): devem ser claras e objetivas;
  • M (mensuráveis): os gestores precisam conseguir medir o progresso da meta;
  • A (atingíveis): caso elas sejam inatingíveis, os colaboradores não estarão engajados no planejamento;
  • R (relevantes): elas devem causar impactos positivos ao negócio e ajudar a atingir os objetivos;
  • T (temporais): determina-se um prazo limite para atingi-la.

Analisar o mercado externo

Os gestores precisam entender claramente o ambiente externo, que consiste no funcionamento do mercado e suas características, além de monitorar suas mudanças. Há dois tipos de forças no mercado externo, uma delas é a macroambiental, que envolve questões amplas e que refletem a sociedade de forma geral. Veja exemplos:

  • demográficas;
  • econômicas;
  • tecnológicas;
  • políticas;
  • sociais;
  • culturais.

O outro tipo de ambiente é denominado microambiental, que são temas menores e que a empresa tem maior controle, como:

  • fornecedores;
  • consumidores;
  • concorrentes;
  • parceiros;
  • canais de distribuição; entre outros.

Identificar pontos fortes e fracos

Antes de definir suas estratégias e planos de ação, deve-se conhecer o ambiente interno do negócio — que são as suas forças e fraquezas —, que podem envolver seus colaboradores, produtos ou serviços, procedimentos, entre outros aspectos. Os pontos fortes devem ser aproveitados de maneira inteligente e maximizados.

Confira exemplos que podem estar presentes na empresa:

  • transformação digital, que é a utilização de tecnologias de ponta para obter economia, segurança e agilidade
  • nos procedimentos internos;
  • colaboradores esforçados e com perfil ideal ao negócio, que são conhecidos como talentos;
  • diferencial competitivo impactante;
  • fornecedores e parceiros de qualidade;
  • boa localização ou atuação online.

Em relação aos pontos fracos, eles devem receber atenção especial e ser superados. Alguns são:

  • falta de recursos financeiros;
  • desorganização financeira;
  • elevado índice de insatisfação dos clientes;
  • falta de modernização dos processos;
  • falta de talentos ou pessoal qualificado.

Estruturar uma estratégia

Depois de realizar os passos anteriores, os administradores poderão criar a estratégia adequada para seu negócio. É preciso tomar alguns cuidados nesse processo, pois a aplicação das técnicas deve seguir estas fases:

  • concepção: observar se ele condiz com a identidade organizacional;
  • análise de cenários: fazer simulações de três possíveis cenários e resultados, um otimista, um pessimista e outro realista (mais provável de ocorrer);
  • elaboração: desenvolvem-se os objetivos, metas e o plano de ação;
  • implantação: definem-se os colaboradores para cada atividade e as medidas são colocadas em prática;
  • avaliação: são aplicados indicadores-chave de desempenho (KPIs) para monitorar os resultados;
  • reavaliação: a estratégia é aprimorada.

Aplicar um plano de ação

Esse plano está dentro da estratégia e é uma lista de ações que devem ser tomadas pelos colaboradores para alcançar as metas. Ele também deve incluir os serviços que serão contratados, os materiais necessários, entre outras medidas.

O gestor precisa estudar as metas e identificar os fatores que as fizeram ser alcançadas ou não. A revisão do plano é feita uma vez ao mês; nesse ato, o gestor avaliará os resultados e aperfeiçoará as ações antigas.

Os pontos de atenção na construção do planejamento estratégico

Ao definir as metas a serem perseguidas pela empresa e as formas como se pretende fazer isso, alguns pontos devem ser observados com muita atenção para que sua empresa se depare com menos imprevistos e seja mais efetiva na construção do planejamento.

Objetivos

Ao definir os objetivos, tenha o cuidado de fazer isso de maneira bastante realista e de fácil mensuração.

Algumas empresas, na hora de definir suas metas, acabam entrando em discussões e se desvirtuando um pouco do negócio. Isso pode fazer com que elas tirem o foco de onde deveriam e acabem por definir objetivos muito fora de suas realidades.

Outro problema é deixar os objetivos de lado. A energia investida nessa tarefa precisa fazer algum sentido, do contrário não precisaria gastar seu tempo com essa tarefa.

Contexto do mercado

Ao estruturar um plano de ação, é muito importante que se observe e respeite a situação de mercado. É preciso ser realista e avaliar bem o contexto em que se está inserido. Por isso, ao criar o seu planejamento estratégico, lembre-se de considerar o que anda acontecendo ao redor e como o ambiente externo pode afetar sua empresa.

Planos de expansão

Ampliar o negócio é o sonho de muito gestor e uma responsabilidade bem grande. Acontece que muito empreendedor investe um bom tempo e recursos buscando expandir sua empresa e esquece o que é conseguir gerir toda ela (agora maior), tendo as responsabilidades antigas acrescidas das novas.

Para que se possa crescer é necessário ter uma estrutura bem-administrada e controlada — do contrário, o risco é grande. Ao fazer um planejamento que envolva a ampliação do negócio, tenha certeza que a sua atual operação está rodando bem.

Processos financeiros

Todo líder sabe que, por mais que se tenha um produto de qualidade, uma clientela específica ou qualquer outra variável que mereça destaque, o coração da empresa é o financeiro e que basta olhar para ele para saber como andam as coisas. Lembre-se de considerar sempre os seus processos financeiros no desenho do planejamento estratégico.

Busque formas de reduzir custos e maximizar lucros. A sobrevivência de sua empresa depende disso todos os dias. Veja o que pode ser automatizado e agilizado. Diminua a possibilidade de erros e nunca descuide dos seus relatórios.

Clientes

Independentemente do seu tipo de negócio, ao criar um plano de ação para nortear o futuro da sua empresa, lembre-se quem é o seu público-alvo. Ele precisa ser uma das suas preocupações quando o assunto é o futuro da empresa. Ao traçar metas, pondere como esse público-alvo poderá se comportar.

Tente manter fidelizados os clientes que você já tem e busque criar oportunidades para a conquista de novos.

As ferramentas para construir seu planejamento estratégico

Para quem já sabe mais ou menos o que quer, mas ainda anda tropeçando em como fazer as coisas acontecerem e como definir tudo de forma prática, existem algumas ferramentas que podem ajudar a ter uma postura mais acertada.

Análise SWOT

Dividindo o estudo do seu contexto atual em ambiente interno e externo, a matriz SWOT consegue avaliar bem o cenário no qual seu negócio está inserido e mostra possíveis caminhos para a sua gestão se tornar mais estratégica.

Estudando a parte interna da empresa, temos o levantamento das forças (S — Strengths), quando você deve identificar e anotar os pontos fortes da sua empresa, aquilo em que ela se destaca em sua operação diária.

Quanto às fraquezas (W — Weaknesses), elas se referem às dificuldades enfrentadas, carências que precisam ser resolvidas para que a empresa tenha um desempenho melhor.

Olhando para o ambiente externo temos as oportunidades (O — Opportunities) e as ameaças (T — Threats). Elas são, respectivamente, os aspectos favoráveis e desfavoráveis que podem ajudar sua empresa a explorar melhor o mercado ou ter que encontrar formas alternativas para isso.

5W2H

O 5W2H consiste em responder 7 questões bem objetivas, mirando sempre as metas estabelecidas para a empresa. Com ele, seu planejamento estratégico ganha automaticamente um plano de ação bastante funcional, o que deixa mais fácil atingir os objetivos propostos.

Basicamente o que se precisa fazer é responder às seguintes perguntas:

  • 1º W (What) — O que será feito?
  • 2º W (Why) — Por que será feito?
  • 3º W (Where) — Onde será feito?
  • 4º W (When) — Quando será feito?
  • 5º W (Who) — Por quem será feito?
  • 1º H (How) — Como será feito?
  • 2º H (How much) — Quanto vai custar?

Ao destrinchar seus objetivos com essas questões, ficará bastante claro como você deve proceder para atingir cada um deles.

5 forças de Porter

Essa ferramenta foi desenvolvida por Michael Porter — um professor da área de Administração e Economia da Harvard Business School — e tem a finalidade de avaliar o ambiente externo da empresa. Ao aplicá-la, os gestores analisam 5 aspectos em que conseguem encontrar as maiores forças e oportunidades para tornar o negócio mais lucrativo.

Entenda quais são as 5 forças de Porter:

  1. poder de negociação dos fornecedores: a empresa deve ampliar suas opções de fornecedores para não depender de apenas um deles;
  2. poder de negociação dos clientes: se o mercado consumidor tiver muitas opções à disposição, é necessário criar diferenciais para angariá-los e retê-los;
  3. competitividade: quanto maior for a rivalidade no mercado, mais difícil será competir nele;
  4. ameaça de produtos substitutos: deve-se analisar se há produtos substitutos que atendem às mesmas necessidades dos clientes;
  5. ameaça de entrada de novos concorrentes: é a facilidade e a possibilidade de surgir novos concorrentes no mercado.

Matriz BCG

Essa metodologia foi criada pela consultoria Boston Consulting Group na década de 1970 com o objetivo de definir a relação dos produtos ou serviços e a aceitação do consumidor.

A matriz se trata de uma representação gráfica dividida em dois blocos: uma se refere à taxa de crescimento do produto ou serviço, enquanto a outra trata da sua participação atual no mercado. Esses blocos são subdivididos em um nível alto e outro baixo, resultando em quatro cenários possíveis:

  • estrela: trazem muitos lucros para time de vendas;
  • interrogação: não há certeza sobre o futuro do produto ou serviço;
  • vaca leiteira: abastecem bastante o caixa sem muito investimento em marketing ou vendas;
  • abacaxi: não geram lucro para a empresa.

Mapa de empatia

Esse mapa ajuda os gestores a entenderem melhor seu público-alvo e traçar o perfil do cliente ideal. Ele é elaborado ao responder as 6 seguintes perguntas sobre os consumidores em relação à empresa:

  1. O que eles pensam e sentem?
  2. O que eles escutam?
  3. O que eles falam e fazem?
  4. O que eles veem?
  5. Quais são as suas dores?
  6. Quais são os seus ganhos?

Essas informações permitem que os gestores encontrem os desejos, comportamento e dores dos clientes, ajudando a empresa a moldar seus produtos e serviços para melhor satisfazer seu público.

Ao seguir os passos, considerar as dicas e utilizar as ferramentas explicadas neste conteúdo, você conseguirá montar um planejamento estratégico completo, profissional e de forma acertada para sua empresa, impulsionando seu crescimento no mercado.

Por Grace Almeida 29 de julho de 2025
Sabemos que muitas vezes a rotina puxada das organizações impede a participação ao vivo em todas as formações, por isso, disponibilizamos abaixo os materiais de apoio usados durante a aula, para que você possa estudar no seu ritmo e continuar fortalecendo a gestão da sua OSC. Se você participou da aula, os arquivos vão te ajudar a revisar os principais pontos e colocar os aprendizados em prática com mais segurança. Se não conseguiu estar presente, aproveite para se atualizar com os materiais que abordam: Quais são os principais controles administrativos que uma OSC deve ter; Boas práticas contábeis que evitam problemas com prestação de contas; Dicas práticas para melhorar a gestão financeira do seu projeto social. 📌 Importante: esses conteúdos são parte de uma jornada de fortalecimento das OSCs. Fique atento(a) às próximas aulas e formações! Caso tenha dúvidas ou precise de apoio personalizado, a equipe da GBA está à disposição para te ajudar. 💬 📂 Baixe os conteúdos aqui:
Por Grace Almeida 22 de julho de 2025
Você já ouviu falar na Escrituração Contábil Fiscal (ECF) , mas ainda tem dúvidas se sua organização precisa entregar ou como fazer isso da forma correta? Esse é um assunto que merece atenção de todas as entidades do terceiro setor , especialmente porque o prazo final para a entrega é 31 de julho de cada ano. Vamos explicar o que é a ECF, quem está obrigado a entregá-la e quais informações precisam constar na escrituração. ✅ O que é a ECF? A ECF é uma obrigação acessória imposta pela Receita Federal, que faz parte do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital). Ela reúne as informações contábeis e fiscais da pessoa jurídica, com foco no Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ ) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) . A ECF substituiu a antiga DIPJ (Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica) desde o ano-calendário de 2014 (entrega em 2015 ) e tem como objetivo dar mais transparência e controle sobre a situação fiscal das entidades brasileiras. 🏛️ Terceiro setor também precisa entregar? Sim. Todas as entidades imunes e isentas estão obrigadas a entregar a ECF. Ou seja, mesmo igrejas, associações, fundações, ONGs e OSCs que não tenham fins lucrativos devem fazer essa entrega. O fato de não gerar lucro ou não pagar tributos não dispensa a obrigatoriedade de prestar contas. Desde o ano-calendário de 2015, essas entidades precisam informar anualmente seus dados contábeis e fiscais por meio da ECF. 📅 Qual o prazo de entrega? A ECF deve ser transmitida anualmente até o último dia útil do mês de julho, referente ao ano-calendário anterior. Por exemplo, a ECF 2025 se refere ao ano de 2024 e deve ser entregue até 31 de julho de 2025. 🧾 Quais informações a ECF deve conter? A ECF exige que sejam informados: Dados contábeis da entidade: receitas, despesas, créditos e débitos, saldos contábeis, entre outros; Informações fiscais relacionadas ao IRPJ e à CSLL (mesmo que não haja tributos a pagar); Registro Y612 , que inclui dados sobre dirigentes, conselheiros e sócios, especialmente para entidades imunes e isentas; Outras demonstrações e informações detalhadas que ajudam a Receita Federal a verificar a regularidade da entidade. Atenção: a ECF deve ser assinada com certificado digital ICP-Brasil. 🔄 E se minha entidade não entrega a ECD? Se a sua OSC não entrega a ECD (Escrituração Contábil Digital), a ECF ainda assim é obrigatória . Nesses casos, é necessário preencher alguns registros específicos que substituem parte da escrituração contábil, como o registro Y612 citado acima. ❌ Quem está dispensado? As únicas entidades dispensadas da ECF são: Pessoas jurídicas inativas (sem qualquer movimentação contábil ou financeira durante o ano); Empresas optantes pelo Simples Nacional (desde que não estejam obrigadas à ECF por outro motivo). ⚠️ Por que isso é importante para sua OSC? A entrega da ECF é mais do que uma exigência fiscal, é uma forma de sua organização comprovar sua transparência e regularidade contábil. O não envio ou o preenchimento incorreto pode resultar em multas, impedimentos para captação de recursos e perda de benefícios tributários, como a imunidade ou isenção. Além disso, manter a documentação contábil e fiscal em dia demonstra compromisso com a boa gestão, o que fortalece a confiança de parceiros, doadores e da sociedade. Em resumo: A ECF é obrigatória para todas as entidades imunes e isentas desde 2015; Deve ser entregue até 31 de julho do ano seguinte ao ano-calendário; Contém dados contábeis e fiscais essenciais; Mesmo entidades sem fins lucrativos devem prestar essa informação à Receita Federal. Na GBACont, somos especializados no terceiro setor há mais de 15 anos. Se você tem dúvidas sobre o preenchimento da ECF ou quer garantir que sua organização esteja regular com todas as obrigações fiscais, entre em contato com nosso time! Vamos juntos fortalecer a gestão da sua OSC com mais segurança e responsabilidade.
Por Grace Almeida 21 de julho de 2025
Nesse contexto, um elemento muitas vezes negligenciado pode ser o grande diferencial: o controle interno. Na GBACont, acreditamos que organizações fortes têm processos fortes. Por isso, desenvolvemos um método exclusivo para o terceiro setor, que fortalece a gestão e amplia o impacto social por meio de práticas estruturadas. Neste artigo, vamos explicar o que é controle interno, por que ele é tão importante para as OSCs e como colocá-lo em prática de forma eficiente. O que é controle interno? O controle interno é um conjunto de procedimentos, práticas e políticas adotadas para garantir que a organização funcione de forma segura, transparente e em conformidade com a legislação. Ele envolve todas as áreas: financeira, administrativa, operacional e jurídica. Mais do que uma exigência técnica, o controle interno é uma ferramenta estratégica de gestão que permite às OSCs: Tomar decisões mais assertivas; Evitar desperdícios e retrabalho; Fortalecer sua credibilidade diante de parceiros, financiadores e órgãos públicos.
Por Grace Almeida 16 de julho de 2025
A recente publicação da Lei Complementar 214/2025 , no Diário Oficial da União, representou uma conquista histórica para o Terceiro Setor. A norma estabelece a isenção de IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) para os Fundos Patrimoniais Filantrópicos, o que pode transformar a cultura de doação no Brasil. Essa medida foi celebrada pela Aliança pelo Fortalecimento da Sociedade Civil, uma coalizão apartidária que reúne organizações, institutos, fundações e especialistas dedicados ao fortalecimento da sociedade civil organizada. Para a Aliança, essa isenção representa um avanço estratégico para o financiamento de longo prazo de causas sociais relevantes, como saúde, educação, cultura, meio ambiente e ciência. Mas o que são Fundos Patrimoniais Filantrópicos? São estruturas criadas para captar doações privadas de longo prazo. O montante doado é mantido investido, e apenas seus rendimentos são utilizados para financiar projetos e atividades sociais de forma contínua. Essa lógica garante sustentabilidade financeira e previsibilidade para iniciativas de impacto. Com a nova isenção, o governo federal reconhece a importância de criar incentivos tributários à filantropia estruturada. A medida: Estimula doadores a investirem mais em causas sociais Reduz entraves burocráticos e financeiros Fortalece a cultura de doação planejada Incentiva a criação de novos fundos patrimoniais A expectativa é que essa mudança normativa impulsione a criação de mais fundos no Brasil, especialmente ligados a universidades, hospitais, museus, projetos ambientais e iniciativas científicas. Na GBACont , acompanhamos com atenção todas as atualizações legislativas que impactam a gestão contábil e estratégica das OSCs. Estamos comprometidos com o fortalecimento do Terceiro Setor e acreditamos que medidas como essa ampliam as possibilidades de transformação social. Quer saber como sua organização pode se preparar para captar recursos de forma mais eficiente? 👉 Entre em contato com nossa equipe e conte com especialistas em contabilidade para o Terceiro Setor.
Por Grace Almeida 11 de julho de 2025
A complexidade das leis, dos orçamentos públicos e dos critérios exigidos para acessar verbas governamentais pode afastar muitas instituições — principalmente quando se trata de recursos como emendas parlamentares ou incentivos culturais. Durante o Festival ABCR 2025, especialistas compartilharam orientações práticas para ajudar as OSCs a se posicionarem de forma mais estratégica frente ao poder público. A seguir, resumimos os principais aprendizados que podem transformar a relação da sua organização com os recursos públicos. Prestação de contas começa antes da parceria Segundo o consultor Rafael Vargas, uma das grandes barreiras no acesso a recursos públicos não está na burocracia em si, mas na falta de preparo das organizações. “A prestação de contas não é um problema em si — o problema é a falta de planejamento desde o início” , afirma. Ou seja, antes mesmo de firmar uma parceria com o poder público, sua OSC já deve ter estruturado os processos internos, prever a forma de execução e mensuração dos resultados e, principalmente, estar regular em todos os aspectos legais e contábeis. Além disso, conhecer o orçamento público é fundamental. Leis como o PPA (Plano Plurianual), a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e a LOA (Lei Orçamentária Anual) trazem sinais claros sobre onde o governo pretende investir — e onde as OSCs podem se encaixar. O que é a “Aplicação 50” e por que ela importa? Um dos códigos mais importantes na leitura orçamentária é a chamada Modalidade de Aplicação 50, que indica verbas destinadas às parcerias com OSCs. Antes de acreditar em promessas de apoio ao Terceiro Setor, o ideal é verificar se há previsão orçamentária para isso. Um bom exercício: pesquisar se esse código aparece no orçamento federal, estadual ou municipal — isso revela a real intenção de parceria. Parcerias públicas são parte da política pública De acordo com Pedro Henrique Cordeiro, diretor do Departamento de Parcerias do Governo Federal, as parcerias celebradas via Lei nº 13.019/2014 (MROSC) não são apenas mecanismos administrativos — elas fazem parte da própria política pública. A sociedade civil é chamada a cocriar soluções para os desafios sociais do país. Duas modalidades principais: Termo de fomento: proposto pela própria OSC. Termo de colaboração: executado com base em ações previamente estruturadas pelo Estado. Nesses modelos, a prestação de contas é orientada para os resultados e impactos sociais, e não apenas para a execução financeira tradicional. Emendas parlamentares: oportunidades e riscos As emendas parlamentares individuais permitem que OSCs recebam recursos com indicação direta, sem a necessidade de chamamento público. Porém, isso exige atenção redobrada: pendências fiscais, ausência de experiência, ou falhas no cadastro no TransfereGov podem impedir a execução do recurso, mesmo após sua liberação. É essencial que sua organização: ✔️ Esteja com a regularidade fiscal e jurídica em dia ✔️ Tenha experiência comprovada na área proposta ✔️ Preencha o TransfereGov com todas as atividades desenvolvidas Leis de incentivo à cultura: Rouanet e Aldir Blanc Henilton Menezes, do Ministério da Cultura, apresentou um panorama do fomento cultural no Brasil. A Lei Rouanet (incentivo fiscal) e a Lei Aldir Blanc (fomento direto a estados e municípios) são caminhos acessíveis também para OSCs que não atuam exclusivamente com arte — desde que o projeto apresentado tenha finalidade cultural clara e comprovada no estatuto e na atuação da entidade. Importante: a forma como o projeto é escrito faz toda a diferença. Projetos com objetivo social genérico (como “tirar crianças da rua”) dificilmente são aprovados. Por outro lado, ações com foco em formação cultural e impacto social bem delineado têm maior chance de aprovação. Acesso democrático e transparência Os dados sobre projetos aprovados, valores repassados e prestações de contas estão disponíveis nos portais do Ministério da Cultura e do TransfereGov . Além disso, novas iniciativas como Rouanet nas Favelas e Rouanet Norte/Nordeste têm ampliado o alcance dos recursos públicos a territórios antes pouco contemplados. Como a GBA pode ajudar sua OSC Aqui na GBA Cont, acompanhamos de perto a evolução das leis, sistemas e exigências contábeis e fiscais do Terceiro Setor. Com mais de 15 anos de experiência, ajudamos OSCs a se prepararem para acessar recursos públicos de forma segura, com a documentação correta, planejamento orçamentário e prestação de contas de excelência. Se a sua organização quer captar mais, e com responsabilidade. Fale com a gente. 📩 Entre em contato e saiba como podemos apoiar sua jornada!
Por Grace Almeida 8 de julho de 2025
Mas na prática, o que faz uma OSC ser levada a sério é a capacidade de inovar, prestar contas com clareza e engajar pessoas de forma constante. Você já se perguntou por que algumas organizações da sociedade civil conseguem atrair mais apoio, visibilidade e crescer de forma sustentável, enquanto outras parecem estagnar, mesmo com boas causas? A resposta está além da missão . O que realmente diferencia uma OSC no mercado é a forma como ela se estrutura, se comunica e se profissionaliza. Muitas organizações acreditam que ter uma causa nobre é suficiente para conquistar apoio , mas na prática, é a capacidade de inovar, prestar contas com clareza e engajar pessoas que abre as portas para um crescimento sólido. Quando a gestão se profissionaliza, é possível garantir que cada recurso seja bem utilizado, ampliando o impacto das ações e fortalecendo a credibilidade da organização. A transparência nas contas e nas ações é outro ponto essencial. Ela não deve ser apenas um discurso, mas uma prática diária que gere confiança e fortaleça laços com doadores, voluntários, financiadores e parceiros. Essa confiança é construída com organização, comunicação clara e prestação de contas eficiente. Outro fator decisivo é contar com uma equipe capacitada e bem orientada. Mesmo com um time comprometido, é a orientação técnica, especialmente contábil e estratégica que possibilita executar projetos de forma estruturada, alcançando resultados visíveis e mensuráveis. Quando uma OSC é organizada, transparente e envolvente , ela cresce de forma sustentável. Atrai mais apoio, conquista espaço no mercado e gera transformações reais na sociedade. A sua OSC já tem uma causa forte. Agora é hora de garantir que a gestão acompanhe esse propósito. A GBACont tem mais de 15 anos de experiência com o terceiro setor e entende as exigências específicas que uma organização social precisa cumprir para crescer com segurança e visibilidade. Se você sente que sua contabilidade atual não está entregando o suporte que sua OSC precisa, fale com a gente. Podemos caminhar juntos nessa transformação. 📩 Entre em contato com um especialista da GBACont e fortaleça a base da sua organização. 📊 Contabilidade especializada em quem transforma vidas.
Marketing digital para OSCs: por que começar sua comunicação pelo propósito da causa?
Por Grace Almeida 24 de junho de 2025
Descubra por que começar pelo propósito é essencial para sua OSC se destacar no marketing digital e engajar de forma estratégica.
Por Grace Almeida 18 de junho de 2025
Na última semana aconteceu na sede da OAB-SP o III Direito do Terceiro Setor: Law Summit , um dos eventos mais importantes do ano para advogados, gestores e lideranças de organizações da sociedade civil. Organizado pela Comissão de Direito do Terceiro Setor (CDTS) da OAB-SP , sob a liderança da Presidenta Laís Figueirêdo Lopes , o evento reuniu mais de 60 especialistas de todo o Brasil para discutir os caminhos jurídicos, operacionais e estratégicos que garantirão um futuro mais seguro e sustentável para as OSCs. Laís, que tem uma longa trajetória de atuação pública e jurídica voltada ao fortalecimento das OSCs, conduziu os debates com firmeza e sensibilidade, reforçando a importância de uma advocacia especializada, atualizada e profundamente comprometida com o impacto social. O evento também marcou o lançamento da obra coletiva “Direito do Terceiro Setor: Debates Contemporâneos” e contou com mesas especiais, como “Escute as mais velhas”, com a presença de Sueli Carneiro e Neca Setubal , que compartilharam saberes ancestrais e visões inspiradoras sobre justiça social e transformação. Se fôssemos resumir o III Law Summit em sete capítulos visuais, ele seria assim: 1. O Terceiro Setor em pauta! Um encontro histórico sobre o futuro jurídico das OSCs. O III Direito do Terceiro Setor: Law Summit – OAB-SP foi mais que um congresso: foi um chamado à ação. 2. Desafios em evidência Com o protagonismo crescente do Terceiro Setor, surgem novos desafios legais, éticos e de financiamento. O evento colocou tudo isso na mesa, com profundidade e soluções práticas. 3. Qual o futuro das OSCs? Especialistas provocaram reflexões sobre sustentabilidade, reformas, segurança jurídica e governança. O cenário é desafiador, mas há caminhos claros e possíveis. 4. Os grandes temas Reforma Tributária e impacto nas OSCs Regime jurídico e fundações Relações com o Estado e compliance LGPD e proteção de dados Financiamento via blended finance Governança e prestação de contas 5. Presenças marcantes O evento contou com nomes de peso, como Sueli Carneiro, Neca Setubal, Laís Figueirêdo Lopes, além de advogados públicos, dirigentes de OSCs e acadêmicos renomados. 6. Uma virada de chave O evento não apenas apresentou problemas, mas apontou soluções. Fortalecer a governança, criar mecanismos de transparência, inovar no financiamento e investir em formação jurídica foram os nortes defendidos. 7. Para onde vamos? Se você atua em uma OSC, é advogado ou gestor público, os aprendizados do III Law Summit devem guiar suas decisões nos próximos anos.
Por Grace Almeida 28 de maio de 2025
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Por Grace Almeida 21 de maio de 2025
A Receita Federal reforça o alerta aos contribuintes: o prazo final para a entrega da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2025 , referente ao ano-calendário 2024, encerra-se em 30 de maio, às 23h59min59s. Até agora, mais de 25 milhões de declarações já foram enviadas. A expectativa da Receita é receber, ao todo, 46,2 milhões de declarações até o encerramento do prazo. Declaração pré-preenchida em alta Para facilitar o preenchimento, a Receita oferece a declaração pré-preenchida, acessível para quem possui conta gov.br nos níveis prata ou ouro. Até o momento, 47,9% das declarações enviadas foram feitas por meio da modalidade pré-preenchida — número recorde em comparação a anos anteriores. Restituição: quem antecipa, recebe primeiro Além dos grupos legalmente prioritários — como idosos, pessoas com deficiência, portadores de moléstia grave e professores — também têm preferência na restituição os contribuintes que utilizarem a declaração pré-preenchida e/ou indicarem chave Pix com CPF. O primeiro lote será pago em 30 de maio, seguido por outros quatro até o fim de setembro. Para mais informações Acesse o portal oficial da Receita Federal