Como fazer um planejamento estratégico: ferramentas e passo a passo

19 de agosto de 2020

Ter uma empresa que funcione com organização e com eficiência não é uma tarefa fácil. Para conquistar essas qualidades e alcançar uma performance de mercado exemplar será necessário investir em uma gestão eficiente e um bom planejamento estratégico.

Se você, enquanto empreendedor, busca desenvolver de maneira saudável sua empresa e quer uma posição de destaque no mercado, vai precisar ter um planejamento estratégico muito bem-estruturado, e é nisso que vamos lhe ajudar. Veja nossas dicas para se ter um bom planejamento na empresa e com seus colaboradores. Boa leitura!

A importância do planejamento estratégico

Uma das ferramentas de trabalho mais importantes para estruturar metas, diretrizes e a metodologia de trabalho de uma empresa é o planejamento estratégico. Ele é um resumo objetivo de quais as metas serão perseguidas, a identificação dos motivos que levam a essas metas e a forma como tudo será feito.

Além de sistematizar o esforço que deverá ser empregado e os caminhos a serem seguidos para o alcance dos objetivos propostos, quando o planejamento estratégico é bem-feito, ele ajuda a integrar a empresa demonstrando a todos, por meio de uma comunicação clara e direta, em que fase o negócio está, no que se acredita e quais serão as etapas futuras.

Ele também ajuda a unificar a comunicação de todo esse entendimento perante os funcionários, fazendo com que cada um entenda os motivos pelos quais ele foi designado para sua função.

O passo a passo para desenvolver um planejamento estratégico

Não há uma única forma de estruturar o planejamento estratégico, mas existem algumas etapas que devem ser seguidas no processo de elaboração dessa ferramenta para que ela seja eficiente e adequada ao negócio. Veja quais são esses passos nos tópicos seguintes.

Estabelecer a identidade organizacional

A identidade organizacional é a base para qualquer empresa de sucesso, já que será a partir dela que as decisões serão tomadas, elaboradas as políticas e os regimentos internos, definida a cultura organizacional e outros elementos da empresa.

Na prática, deverão ser estabelecidas a missão, a visão e os valores (MVV). Entenda melhor cada um desses termos:

  • missão: trata-se da razão pela qual a empresa foi criada;
  • visão: é a situação que a empresa pretende alcançar;
  • valores: são os princípios que devem ser seguidos por todos os colaboradores e gestores do negócio.

Pode-se buscar inspiração em outras empresas no mercado. Por exemplo, a missão da Tesla Motors é “acelerar a transição do mundo para utilização de energias sustentáveis”. Entretanto, lembre-se que a identidade organizacional deve ser única e pensada especificamente para seu negócio.

Definir o objetivo

Aqui deve ser estabelecido o caminho a ser percorrido pelo negócio, ou seja, seus objetivos e suas metas. Os objetivos são os resultados mais abrangentes e que deverão ser conquistados em longo prazo. Já as metas são de curto prazo e funcionam como uma trilha para alcançar os objetivos. Para elaborá-las adequadamente, faça com que elas sejam SMART. Veja o que significa essa sigla:

  • S (específicas): devem ser claras e objetivas;
  • M (mensuráveis): os gestores precisam conseguir medir o progresso da meta;
  • A (atingíveis): caso elas sejam inatingíveis, os colaboradores não estarão engajados no planejamento;
  • R (relevantes): elas devem causar impactos positivos ao negócio e ajudar a atingir os objetivos;
  • T (temporais): determina-se um prazo limite para atingi-la.

Analisar o mercado externo

Os gestores precisam entender claramente o ambiente externo, que consiste no funcionamento do mercado e suas características, além de monitorar suas mudanças. Há dois tipos de forças no mercado externo, uma delas é a macroambiental, que envolve questões amplas e que refletem a sociedade de forma geral. Veja exemplos:

  • demográficas;
  • econômicas;
  • tecnológicas;
  • políticas;
  • sociais;
  • culturais.

O outro tipo de ambiente é denominado microambiental, que são temas menores e que a empresa tem maior controle, como:

  • fornecedores;
  • consumidores;
  • concorrentes;
  • parceiros;
  • canais de distribuição; entre outros.

Identificar pontos fortes e fracos

Antes de definir suas estratégias e planos de ação, deve-se conhecer o ambiente interno do negócio — que são as suas forças e fraquezas —, que podem envolver seus colaboradores, produtos ou serviços, procedimentos, entre outros aspectos. Os pontos fortes devem ser aproveitados de maneira inteligente e maximizados.

Confira exemplos que podem estar presentes na empresa:

  • transformação digital, que é a utilização de tecnologias de ponta para obter economia, segurança e agilidade
  • nos procedimentos internos;
  • colaboradores esforçados e com perfil ideal ao negócio, que são conhecidos como talentos;
  • diferencial competitivo impactante;
  • fornecedores e parceiros de qualidade;
  • boa localização ou atuação online.

Em relação aos pontos fracos, eles devem receber atenção especial e ser superados. Alguns são:

  • falta de recursos financeiros;
  • desorganização financeira;
  • elevado índice de insatisfação dos clientes;
  • falta de modernização dos processos;
  • falta de talentos ou pessoal qualificado.

Estruturar uma estratégia

Depois de realizar os passos anteriores, os administradores poderão criar a estratégia adequada para seu negócio. É preciso tomar alguns cuidados nesse processo, pois a aplicação das técnicas deve seguir estas fases:

  • concepção: observar se ele condiz com a identidade organizacional;
  • análise de cenários: fazer simulações de três possíveis cenários e resultados, um otimista, um pessimista e outro realista (mais provável de ocorrer);
  • elaboração: desenvolvem-se os objetivos, metas e o plano de ação;
  • implantação: definem-se os colaboradores para cada atividade e as medidas são colocadas em prática;
  • avaliação: são aplicados indicadores-chave de desempenho (KPIs) para monitorar os resultados;
  • reavaliação: a estratégia é aprimorada.

Aplicar um plano de ação

Esse plano está dentro da estratégia e é uma lista de ações que devem ser tomadas pelos colaboradores para alcançar as metas. Ele também deve incluir os serviços que serão contratados, os materiais necessários, entre outras medidas.

O gestor precisa estudar as metas e identificar os fatores que as fizeram ser alcançadas ou não. A revisão do plano é feita uma vez ao mês; nesse ato, o gestor avaliará os resultados e aperfeiçoará as ações antigas.

Os pontos de atenção na construção do planejamento estratégico

Ao definir as metas a serem perseguidas pela empresa e as formas como se pretende fazer isso, alguns pontos devem ser observados com muita atenção para que sua empresa se depare com menos imprevistos e seja mais efetiva na construção do planejamento.

Objetivos

Ao definir os objetivos, tenha o cuidado de fazer isso de maneira bastante realista e de fácil mensuração.

Algumas empresas, na hora de definir suas metas, acabam entrando em discussões e se desvirtuando um pouco do negócio. Isso pode fazer com que elas tirem o foco de onde deveriam e acabem por definir objetivos muito fora de suas realidades.

Outro problema é deixar os objetivos de lado. A energia investida nessa tarefa precisa fazer algum sentido, do contrário não precisaria gastar seu tempo com essa tarefa.

Contexto do mercado

Ao estruturar um plano de ação, é muito importante que se observe e respeite a situação de mercado. É preciso ser realista e avaliar bem o contexto em que se está inserido. Por isso, ao criar o seu planejamento estratégico, lembre-se de considerar o que anda acontecendo ao redor e como o ambiente externo pode afetar sua empresa.

Planos de expansão

Ampliar o negócio é o sonho de muito gestor e uma responsabilidade bem grande. Acontece que muito empreendedor investe um bom tempo e recursos buscando expandir sua empresa e esquece o que é conseguir gerir toda ela (agora maior), tendo as responsabilidades antigas acrescidas das novas.

Para que se possa crescer é necessário ter uma estrutura bem-administrada e controlada — do contrário, o risco é grande. Ao fazer um planejamento que envolva a ampliação do negócio, tenha certeza que a sua atual operação está rodando bem.

Processos financeiros

Todo líder sabe que, por mais que se tenha um produto de qualidade, uma clientela específica ou qualquer outra variável que mereça destaque, o coração da empresa é o financeiro e que basta olhar para ele para saber como andam as coisas. Lembre-se de considerar sempre os seus processos financeiros no desenho do planejamento estratégico.

Busque formas de reduzir custos e maximizar lucros. A sobrevivência de sua empresa depende disso todos os dias. Veja o que pode ser automatizado e agilizado. Diminua a possibilidade de erros e nunca descuide dos seus relatórios.

Clientes

Independentemente do seu tipo de negócio, ao criar um plano de ação para nortear o futuro da sua empresa, lembre-se quem é o seu público-alvo. Ele precisa ser uma das suas preocupações quando o assunto é o futuro da empresa. Ao traçar metas, pondere como esse público-alvo poderá se comportar.

Tente manter fidelizados os clientes que você já tem e busque criar oportunidades para a conquista de novos.

As ferramentas para construir seu planejamento estratégico

Para quem já sabe mais ou menos o que quer, mas ainda anda tropeçando em como fazer as coisas acontecerem e como definir tudo de forma prática, existem algumas ferramentas que podem ajudar a ter uma postura mais acertada.

Análise SWOT

Dividindo o estudo do seu contexto atual em ambiente interno e externo, a matriz SWOT consegue avaliar bem o cenário no qual seu negócio está inserido e mostra possíveis caminhos para a sua gestão se tornar mais estratégica.

Estudando a parte interna da empresa, temos o levantamento das forças (S — Strengths), quando você deve identificar e anotar os pontos fortes da sua empresa, aquilo em que ela se destaca em sua operação diária.

Quanto às fraquezas (W — Weaknesses), elas se referem às dificuldades enfrentadas, carências que precisam ser resolvidas para que a empresa tenha um desempenho melhor.

Olhando para o ambiente externo temos as oportunidades (O — Opportunities) e as ameaças (T — Threats). Elas são, respectivamente, os aspectos favoráveis e desfavoráveis que podem ajudar sua empresa a explorar melhor o mercado ou ter que encontrar formas alternativas para isso.

5W2H

O 5W2H consiste em responder 7 questões bem objetivas, mirando sempre as metas estabelecidas para a empresa. Com ele, seu planejamento estratégico ganha automaticamente um plano de ação bastante funcional, o que deixa mais fácil atingir os objetivos propostos.

Basicamente o que se precisa fazer é responder às seguintes perguntas:

  • 1º W (What) — O que será feito?
  • 2º W (Why) — Por que será feito?
  • 3º W (Where) — Onde será feito?
  • 4º W (When) — Quando será feito?
  • 5º W (Who) — Por quem será feito?
  • 1º H (How) — Como será feito?
  • 2º H (How much) — Quanto vai custar?

Ao destrinchar seus objetivos com essas questões, ficará bastante claro como você deve proceder para atingir cada um deles.

5 forças de Porter

Essa ferramenta foi desenvolvida por Michael Porter — um professor da área de Administração e Economia da Harvard Business School — e tem a finalidade de avaliar o ambiente externo da empresa. Ao aplicá-la, os gestores analisam 5 aspectos em que conseguem encontrar as maiores forças e oportunidades para tornar o negócio mais lucrativo.

Entenda quais são as 5 forças de Porter:

  1. poder de negociação dos fornecedores: a empresa deve ampliar suas opções de fornecedores para não depender de apenas um deles;
  2. poder de negociação dos clientes: se o mercado consumidor tiver muitas opções à disposição, é necessário criar diferenciais para angariá-los e retê-los;
  3. competitividade: quanto maior for a rivalidade no mercado, mais difícil será competir nele;
  4. ameaça de produtos substitutos: deve-se analisar se há produtos substitutos que atendem às mesmas necessidades dos clientes;
  5. ameaça de entrada de novos concorrentes: é a facilidade e a possibilidade de surgir novos concorrentes no mercado.

Matriz BCG

Essa metodologia foi criada pela consultoria Boston Consulting Group na década de 1970 com o objetivo de definir a relação dos produtos ou serviços e a aceitação do consumidor.

A matriz se trata de uma representação gráfica dividida em dois blocos: uma se refere à taxa de crescimento do produto ou serviço, enquanto a outra trata da sua participação atual no mercado. Esses blocos são subdivididos em um nível alto e outro baixo, resultando em quatro cenários possíveis:

  • estrela: trazem muitos lucros para time de vendas;
  • interrogação: não há certeza sobre o futuro do produto ou serviço;
  • vaca leiteira: abastecem bastante o caixa sem muito investimento em marketing ou vendas;
  • abacaxi: não geram lucro para a empresa.

Mapa de empatia

Esse mapa ajuda os gestores a entenderem melhor seu público-alvo e traçar o perfil do cliente ideal. Ele é elaborado ao responder as 6 seguintes perguntas sobre os consumidores em relação à empresa:

  1. O que eles pensam e sentem?
  2. O que eles escutam?
  3. O que eles falam e fazem?
  4. O que eles veem?
  5. Quais são as suas dores?
  6. Quais são os seus ganhos?

Essas informações permitem que os gestores encontrem os desejos, comportamento e dores dos clientes, ajudando a empresa a moldar seus produtos e serviços para melhor satisfazer seu público.

Ao seguir os passos, considerar as dicas e utilizar as ferramentas explicadas neste conteúdo, você conseguirá montar um planejamento estratégico completo, profissional e de forma acertada para sua empresa, impulsionando seu crescimento no mercado.

Por Grace Almeida 28 de maio de 2025
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Por Grace Almeida 21 de maio de 2025
A Receita Federal reforça o alerta aos contribuintes: o prazo final para a entrega da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2025 , referente ao ano-calendário 2024, encerra-se em 30 de maio, às 23h59min59s. Até agora, mais de 25 milhões de declarações já foram enviadas. A expectativa da Receita é receber, ao todo, 46,2 milhões de declarações até o encerramento do prazo. Declaração pré-preenchida em alta Para facilitar o preenchimento, a Receita oferece a declaração pré-preenchida, acessível para quem possui conta gov.br nos níveis prata ou ouro. Até o momento, 47,9% das declarações enviadas foram feitas por meio da modalidade pré-preenchida — número recorde em comparação a anos anteriores. Restituição: quem antecipa, recebe primeiro Além dos grupos legalmente prioritários — como idosos, pessoas com deficiência, portadores de moléstia grave e professores — também têm preferência na restituição os contribuintes que utilizarem a declaração pré-preenchida e/ou indicarem chave Pix com CPF. O primeiro lote será pago em 30 de maio, seguido por outros quatro até o fim de setembro. Para mais informações Acesse o portal oficial da Receita Federal
Por Grace Almeida 15 de maio de 2025
O prazo para declarar o Imposto de Renda em 2025 vai até o dia 30 de maio , e muita gente ainda não sabe que pode aproveitar esse momento para impactar positivamente a sociedade, sem colocar a mão no bolso. Sim, é isso mesmo: você pode destinar até 6% do seu imposto devido para projetos sociais, culturais, esportivos ou de saúde tudo dentro da legalidade, com total controle da Receita Federal. Neste artigo, vou explicar o que é essa destinação, como ela funciona, quais áreas podem ser beneficiadas e por que vale a pena fazer isso. Doação ou destinação: qual é a diferença? Antes de tudo, é importante entender a diferença entre doar e destinar. 🔹 A doação é um ato voluntário, feito com recursos próprios, geralmente ao longo do ano, e não necessariamente traz benefícios fiscais. 🔹 Já a destinação do Imposto de Renda é o redirecionamento de parte do valor que você já pagaria de qualquer forma ao Tesouro Naciona l, permitindo que esse recurso vá direto para um fundo ou projeto social aprovado, sem nenhum custo extra. Em outras palavras: você escolhe para onde parte do seu imposto vai, em vez de deixar o governo decidir por você. Quem pode fazer a destinação? Essa opção está disponível apenas para quem optar pelo modelo completo da declaração do IR. Pessoas físicas podem destinar até 6% do imposto devido ; pessoas jurídicas tributadas pelo lucro real, até 1%. Se você tiver imposto a restituir, o valor destinado será acrescido à sua restituição. Se tiver imposto a pagar, a quantia destinada será abatida do valor total. Para quais áreas posso destinar meu IR? A legislação brasileira permite que você destine parte do seu imposto para 7 áreas específicas , todas com controle fiscalizado e repasses feitos via fundos e projetos aprovados: 👶 Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente 👵 Fundos dos Direitos da Pessoa Idosa 🎭 Projetos Culturais via Lei Rouanet 🎬 Projetos Audiovisuais via Lei do Audiovisual 🏋️ Projetos Esportivos e Paradesportivos (Lei de Incentivo ao Esporte) 🧪 Projetos de prevenção e tratamento do câncer (via Pronon) ❤️‍🩹 Projetos de apoio à pessoa com deficiência (via Pronas/PCD) Você pode escolher uma ou mais áreas, respeitando o limite global de 6% do imposto devido. Como fazer a destinação na prática? Você pode destinar de duas formas: 1. Durante o ano (doação antecipada) É possível fazer doações diretas ao longo do ano a fundos e projetos habilitados, e incluir esses valores na declaração, com os devidos comprovantes. Isso permite mais flexibilidade e apoia as entidades com mais previsibilidade. 2. Direto na declaração Se não doou ao longo do ano, ainda pode destinar diretamente na hora de preencher o IR , até o limite de 3% para o Estatuto da Criança e Adolescente e 3% para o Estatuto do Idoso (totalizando os 6%). Veja o passo a passo: Escolha o modelo completo da declaração; Vá até a ficha “Doações Diretamente na Declaração”; Escolha o tipo de fundo (Criança/Adolescente ou Idoso), o nível (municipal, estadual ou nacional) e o valor; Gere o DARF (Documento de Arrecadação) e pague até o prazo final da declaração. ⚠️ Importante: o pagamento do DARF deve ser feito até o último dia da entrega da declaração (30 de maio de 2025). Caso o pagamento seja feito fora do prazo, o valor não será aceito pela Receita Federal como dedutível e pode te levar à malha fina. Por que fazer a destinação do IR? ✅ Você não gasta nada a mais ✅ Ajuda diretamente instituições sérias e transparentes ✅ Exerce seu papel de cidadão consciente ✅ Acompanha o uso do recurso de forma mais próxima ✅ Transforma vidas com um gesto simples e prático A destinação do IR é uma forma poderosa de exercer a solidariedade de forma estratégica e cidadã. É você assumindo o protagonismo sobre o uso do seu imposto, com segurança e impacto real. Conte com apoio profissional Caso você tenha dúvidas sobre como fazer a destinação corretamente, recomendo que procure seu contador ou um especialista de confiança. Aqui na GBACont , temos experiência de mais de 15 anos no atendimento ao Terceiro Setor e também oferecemos orientação para pessoas físicas que querem fazer sua parte e garantir que o processo seja feito com segurança .
Por Grace Almeida 7 de maio de 2025
A Fundação Grupo Volkswagen anuncia a abertura das inscrições para a 3ª edição do edital “Juntos pela Mobilidade Social”, que visa fortalecer o impacto de organizações da sociedade civil de base comunitária, por meio de iniciativas de inclusão produtiva voltadas a comunidades em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Serão destinados mais de R$ 2 milhões ao edital, dos quais R$ 1,9 milhão diretamente para as organizações selecionadas, a serem aplicados ao longo de 2 anos. O restante do recurso será investido na seleção e formação das instituições. A execução técnica acontecerá em parceria com o Instituto Diverse. Os critérios do edital priorizam organizações com menor receita anual. Além disso, estão previstos formações para elaboração de projetos, sessões de tira-dúvidas, apoio no processo de inscrição e suporte para documentação – que também foi simplificada. O objetivo é estimular o direcionamento de recursos a instituições de pequeno porte, que historicamente enfrentam dificuldades no acesso a editais. Com isso, a Fundação Grupo Volkswagen reafirma seu compromisso com a mobilidade social e o enfrentamento às desigualdades, a partir da inclusão produtiva e do fortalecimento de capacidades locais. Objetivo do edital O edital tem como objetivo selecionar pelo menos oito organizações que desenvolvam projetos de inclusão produtiva. Cada projeto selecionado poderá receber até R$ 240 mil , desembolsados entre o 2º semestre de 2025 e o 1º semestre de 2027. Além do apoio financeiro, as organizações selecionadas também participarão de formações presenciais obrigatórias para que possam aprimorar sua gestão, governança, operação e outras capacidades relevantes. Quem pode participar? Podem se inscrever organizações da sociedade civil legalmente constituídas, sem fins lucrativos, que tenham no mínimo um ano completo de existência formal até a data de inscrição. É necessário que estejam sediadas (matriz ou filial) em um dos seguintes municípios: Resende (RJ) Salvador (BA) São Bernardo do Campo (SP) São Carlos (SP) São José dos Pinhais (PR) São Paulo (SP), exclusivamente nas subprefeituras de Campo Limpo, Ipiranga, Capela do Socorro, Cidade Ademar, Jabaquara, M’Boi Mirim e Parelheiros Taubaté (SP) Vinhedo (SP) As demais condições para participação estão detalhadas no edital. Linhas de atuação apoiadas As propostas inscritas devem estar alinhadas aos eixos temáticos do edital, podendo abranger uma ou mais das seguintes linhas de aplicação: Geração de emprego e renda Exemplos de iniciativas aptas a receber aportes: Oficinas, cursos e outros formatos de qualificação técnica e socioemocional Acesso a emprego e renda para grupos em situação de vulnerabilidade Aquisição de kits profissionalizantes Adequação de espaços físicos e aquisição de equipamentos que subsidiem iniciativas de inclusão produtiva Apoio à permanência em projetos de inclusão produtiva, como alimentação, transporte, bolsas-auxílio, entre outros Fomento ao empreendedorismo Ações voltadas ao desenvolvimento e fortalecimento de pequenos empreendedores locais, por exemplo: Formação e assessoria técnica, como cursos, oficinas e atividades correlatas, em áreas como gestão, finanças, marketing, vendas, entre outras Competências socioemocionais para o empreendedorismo Apoio à formalização Acesso à tecnologia e a mercados Apoio a práticas de cooperativismo e associativismo Fortalecimento de redes e produção de conhecimento sobre inclusão produtiva Realização de fóruns, formações coletivas e eventos abertos ao público Produção de pesquisas, estudos e diagnósticos socioterritoriais Incidência em políticas públicas e ações de advocacy Atuação em rede com outras organizações sociais, movimentos e coletivos Valorização da diversidade e do desenvolvimento sustentável As ações apoiadas pelo edital devem, de forma transversal, beneficiar grupos historicamente discriminados, com foco em: Pessoas negras, em especial de 15 a 29 anos) Mulheres de todas as idades, raças e etnias Pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ Pessoas com deficiência Pessoas idosas (60 anos ou mais) Populações indígenas, quilombolas e ribeirinhas Pessoas refugiadas Todos os projetos devem priorizar indivíduos em situação de pobreza e extrema pobreza que façam parte dos grupos acima. A participação de pessoas diversas na gestão das organizações sociais, além do alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (Agenda 2030), também serão considerados diferenciais no momento da seleção. Inscrições e prazos As inscrições são gratuitas e estarão abertas de 16 de abril a 16 de maio de 2025, exclusivamente pelo formulário eletrônico disponível no link. Cada organização poderá inscrever apenas uma proposta, que deve conter um único projeto, ainda que contemple mais de uma linha de aplicação. A seleção será feita com base em critérios detalhados no edital.
Por Grace Almeida 2 de maio de 2025
Foi publicado o Ajuste SINIEF nº 2/2025, que traz uma mudança importante para a guarda dos seus arquivos XML de documentos fiscais eletrônicos. Publicado o Ajuste SINIEF No 2 DE 11/04/2025 que padroniza a guarda dos arquivos “XML” - (Extensible Markup Language) dos documentos fiscais eletrônicos pelo prazo mínimo de 132 (centro e trinta e dois) meses equivalente a 11 (onze) anos , contados da data de autorização dos documentos, a nova regra entra em vigor a partir de 01.05.2025. O novo prazo de guarda é voltado aos seguintes documentos eletrônicos: Nota Fiscal Eletrônica - NF-e; Conhecimento de Transporte Eletrônico - CT-e; Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais - MDF-e; Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica - NFC-e; Bilhete de Passagem Eletrônico - BP-e; Nota Fiscal de Energia Elétrica Eletrônica - NF3e; Conhecimento de Transporte Eletrônico para Outros Serviços - CT-e OS; Guia de Transporte de Valores Eletrônica - GTV-e; Declaração de Conteúdo eletrônica - DC-e; Nota Fiscal Fatura de Serviços de Comunicação Eletrônica – NFCom. A tecnologia e a mídia de armazenamento dos documentos fiscais eletrônicos serão definidas por cada unidade federada. A nova regra não se confunde com a “prescrição tributária” que permanece os 5 (cinco) anos prevista no art. 174 do CTN (Código Tributário Nacional) , ou seja, a nova regra é somente para fins de guarda dos Documentos Fiscais eletrônicos emitidos que passará de 5 (cinco) para 11 (onze) anos. O QUE MUDA NA PRÁTICA? Antes: 5 anos de guarda Agora: 11 anos de guarda obrigatória Cada estado definirá a tecnologia e mídia de armazenamento. Não confunda: a prescrição tributária continua sendo de 5 anos, mas a obrigação de armazenar os arquivos mudou, para o fisco!! Fonte: LegisWeb
Por Grace Almeida 28 de abril de 2025
Com isso, os trabalhadores, no caso de demissão sem justa causa, poderão retirar somente o valor do FGTS que não for dado em garantia dos empréstimos consignados. 💲 Por exemplo : se o trabalhador tem um saldo no FGTS de R$ 100 mil, e foi demitido sem justa causa, mas deu R$ 50 mil em garantia aos empréstimos, ele poderá sacar somente a diferença , ou seja, R$ 50 mil. O restante fica com o banco para quitar o saldo devedor do empréstimo. Caso o trabalhador tenha um saldo devedor superior ao FGTS dado em garantia, ele ainda carrega umas parcelas de dívida para o próximo emprego. Nesse caso, incidem ainda os juros sobre os valores que deixaram de ser pagos na data correta. O processo é semelhante ao saque aniversário, no qual 9,5 milhões de trabalhadores não puderam sacar todos os valores por terem buscado linhas de crédito nos bancos para antecipar os recursos. 💲Nesta modalidade, as parcelas são quitadas com desconto no contracheque, ou seja, no salário do funcionário que pega um empréstimo em uma instituição financeira. Crédito via aplicativo da Carteira de Trabalho Digital e regulamentação ➡️Segundo o Ministério do Trabalho, a busca pelo crédito pode ser feita por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital). Entretanto, embora esteja na Medida Provisória publicada na semana passada sobre o assunto, o uso do FGTS como garantia – que permitirá a redução da taxa de juros nestas operações – ainda não está formalmente regulamentado. Essa possibilidade, prometida pelo governo, ainda tem de passar pela análise do Conselho Curador do FGTS — algo que está previsto para acontecer somente em 15 de junho. Mas esse prazo pode ser reduzido. O secretário-executivo do Ministério do Trabalho lembra que a garantia só será acionada no caso de demissão dos trabalhadores sem justa causa , e que o período de tempo que os contratos fechados ficarão sem garantia formal é pequeno, de pouco menos de dois meses. "A garantia dos 10% e dos 100% da multa está previsto em MP [Medida Provisória]. O que tem de regulamentar é a forma do pagamento. Pode dar um problema [com os bancos], mas eu acho que é muito difícil de acontecer. Se for acontecer, é muito residual. Isso pode estar no contrato, mas não vai ter a regulamentação até 15 de junho. Estamos tentando antecipar essa data [da reunião do conselho do FGTS, que precisa aprovar a medida]" , disse Macena. "Estamos falando de alguém que vai contrair empréstimos dia 21, e tem de ser demitido até 15 de junho. Pode ser demitido antes, pode. O risco que vai ficar para frente vai ser de um mês ou menos que isso. Eu acredito que não tenha [risco]. Isso foi muito discutido com os bancos, e a análise de todos é que o risco é muito pequeno. Regulação [que falta] é a forma operacional. Não é a autorização para usar, é a forma como vai ser feito isso", acrescentou o secretário-executivo. Como aderir? Os trabalhadores podem acessar a plataforma para analisar as ofertas de empréstimos, comparando, por exemplo, as taxas de juros. 🔹 Por meio do aplicativo, o trabalhador solicita a proposta de crédito às instituições financeiras habilitadas pelo governo. O trabalhador autoriza o acesso a dados como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa. 🔹 Propostas: após solicitar o crédito, o trabalhador recebe ofertas dos bancos em até 24h. O trabalhador poderá comparar ofertas e escolher a opção mais vantajosa. 🔹 Comprometimento de até 35% do salário bruto: O limite inclui benefícios, abonos e comissões. O sistema entrou em operação pelos bancos na sexta-feira (21). Quem já tem um consignado ativo poderá migrar para a nova linha a partir de 25 de abril. A portabilidade entre os bancos poderá ser realizada a partir de 6 de junho. 🔹 Desconto automático: O empregador será responsável por descontar a parcela do salário e repassá-la à Caixa Econômica Federal, que fará o pagamento aos bancos credores. A GBA está avaliando a melhor forma de operacionalizar essa nova obrigação e como orientar empresas do terceiro setor sobre seus impactos e benefícios. Se você quer entender melhor o FGTS Consignado e garantir que sua organização esteja preparada, fale com a GBA Cont. Estamos aqui para te ajudar a tomar decisões seguras e alinhadas com a legislação.
Por Grace Almeida 24 de abril de 2025
A Portaria MTE nº 435, publicada em 20 de março de 2025 , regulamenta os critérios e procedimentos operacionais para os empréstimos consignados em folha de pagamento, conforme previsto na Lei nº 10.820/2003, atualizada pela MP nº 1.292/2025 . O texto traz definições importantes, requisitos para habilitação das instituições financeiras, limites de margem consignável, uso de tecnologia (como reconhecimento biométrico) , e a operacionalização por meio da Plataforma Crédito do Trabalhador. Além disso, detalha regras para simulações, portabilidade, renegociação, rescisão de vínculo empregatício e desistência contratual, reforçando a proteção ao trabalhador e a transparência nas operações. Acesse no botão com a portaria completa: 
Por Grace Almeida 15 de abril de 2025
Com a atualização da NR-1, gestores de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) também passaram a ouvir com mais frequência expressões como riscos psicossociais, GRO, PGR e mudanças em saúde e segurança no trabalho. Mas, afinal, o que tudo isso significa na prática para uma instituição do terceiro setor que muitas vezes opera com recursos escassos e uma estrutura enxuta? Neste artigo, a GBACont que há mais de 15 anos atua com contabilidade especializada para o terceiro setor te ajuda a entender com clareza e responsabilidade o que sua organização precisa (ou não) implementar a partir de maio de 2025, de acordo com seu porte, grau de risco e natureza das atividades. 1. O que é a NR-1 e por que afeta sua OSC? A NR-1 (Norma Regulamentadora nº 1) trata das disposições gerais sobre segurança e saúde no trabalho, sendo a base legal para todas as demais normas. A partir da Portaria MTE nº 1.419 , publicada em agosto de 2024, a NR-1 passou por uma atualização importante: ela passa a exigir que as organizações considerem os riscos psicossociais no ambiente de trabalho. Essa exigência entra em vigor no dia 25 de maio de 2025. É importante dizer que nem toda OSC precisará alterar seus processos por causa disso. A obrigação depende do grau de risco e do tipo de atividade desenvolvida, entre outros critérios que explicaremos a seguir. 2. O que muda com a atualização da NR-1? A partir de maio de 2025, o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO ) e o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) devem incluir os chamados riscos psicossociais que impactam diretamente a saúde mental e emocional dos trabalhadores. Quais são os riscos psicossociais mais comuns? Estresse crônico Carga excessiva de trabalho Assédio moral ou sexual Ambiente de trabalho hostil Insegurança emocional Esses riscos sempre existiram, mas agora precisam ser formalmente identificados e tratados , caso estejam presentes no ambiente da organização. Se sua OSC atua com equilíbrio emocional e não apresenta indícios desses fatores, provavelmente nada muda . 3. O que são PGR e GRO? GRO é o processo contínuo de identificação, avaliação e controle de riscos no ambiente de trabalho. PGR é o documento que registra esse processo, sendo exigido sempre que houver riscos identificados. A atualização da NR-1 exige que o PGR abranja todos os tipos de riscos , inclusive: Psicossociais Físicos Químicos Biológicos Ergonômicos De acidentes 4. Quem é obrigado a elaborar o PGR e o PCMSO?
Por Grace Almeida 14 de abril de 2025
O Supremo Tribunal Federal reconheceu que o debate sobre pejotização tem impacto nacional e suspendeu todos os processos que tratam do tema até que o caso seja julgado definitivamente. A decisão envolve três pontos centrais: Se a Justiça do Trabalho pode julgar fraudes em contratos civis; Se é legal contratar um profissional como PJ mesmo com características de vínculo empregatício; Quem deve provar se houve ou não fraude — a organização ou o trabalhador. Essa decisão é especialmente relevante para o Terceiro Setor, onde é comum a contratação de profissionais como PJs. No entanto, se esses profissionais: Têm jornada fixa, Recebem ordens diretas, Trabalham exclusivamente para a organização, E não possuem autonomia... ...isso pode configurar vínculo empregatício disfarçado. 📌 Por que isso importa? Porque além de riscos jurídicos, essa prática pode afetar a imagem e os valores da sua OSC. Segurança jurídica também é compromisso social. 👉 Agora é a hora de revisar contratos, práticas e garantir que sua organização esteja em conformidade com a lei. A GBACONT está pronta para te apoiar nesse processo, com conhecimento técnico e sensibilidade ao contexto das organizações sociais. 📥 Clique aqui e baixe o conteúdo completo.
Por Grace Almeida 11 de abril de 2025
E isso não é só teoria. É realidade. Planejamento não é luxo. É o que transforma intenção em resultado. Organizações como o ChildFund Brasil captaram milhões por meio de campanhas estruturadas, com começo, meio e fim bem definidos. Plataformas como a Kickante já movimentaram mais de R$300 milhões em doações no Brasil. Ou seja: com clareza, processo e estratégia, a captação acontece de verdade. Comece com um objetivo claro Toda boa campanha de captação começa com uma pergunta simples: Pra quê você quer captar? A partir dela, você precisa definir: Quanto você precisa? Em quanto tempo? Para qual finalidade? Sem clareza, não há confiança. E sem confiança, não há doação. Estruture como vai captar Você vai captar recursos por onde? Pix? Plataforma de doação? Evento beneficente? E mais importante: como o doador vai saber que pode confiar? A transparência, aliada à praticidade, é um dos principais fatores que aumentam a conversão. A contabilidade precisa estar dentro da campanha Sim, a contabilidade faz parte da captação! Pergunte-se: Como os recursos arrecadados serão registrados? Você vai emitir recibo de doação? Existe algum imposto envolvido? Se a campanha não está alinhada com a contabilidade da organização, ela pode virar dor de cabeça no futuro. A campanha começa antes… e termina depois Planeje todas as etapas com cuidado: Como será feita a divulgação? Como você vai agradecer os doadores? Como irá prestar contas de forma transparente? Cada uma dessas ações compõe a experiência do doador , e uma boa experiência gera novas doações no futuro. Conclusão Campanhas mal planejadas não apenas deixam de captar recursos. Elas comprometem a confiança em toda a organização. Salve este conteúdo e compartilhe com sua equipe para construir campanhas que realmente funcionam. E se quiser apoio na parte contábil, estamos aqui para ajudar você a crescer com segurança, clareza e impacto.
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