Como fazer um planejamento estratégico: ferramentas e passo a passo

19 de agosto de 2020

Ter uma empresa que funcione com organização e com eficiência não é uma tarefa fácil. Para conquistar essas qualidades e alcançar uma performance de mercado exemplar será necessário investir em uma gestão eficiente e um bom planejamento estratégico.

Se você, enquanto empreendedor, busca desenvolver de maneira saudável sua empresa e quer uma posição de destaque no mercado, vai precisar ter um planejamento estratégico muito bem-estruturado, e é nisso que vamos lhe ajudar. Veja nossas dicas para se ter um bom planejamento na empresa e com seus colaboradores. Boa leitura!

A importância do planejamento estratégico

Uma das ferramentas de trabalho mais importantes para estruturar metas, diretrizes e a metodologia de trabalho de uma empresa é o planejamento estratégico. Ele é um resumo objetivo de quais as metas serão perseguidas, a identificação dos motivos que levam a essas metas e a forma como tudo será feito.

Além de sistematizar o esforço que deverá ser empregado e os caminhos a serem seguidos para o alcance dos objetivos propostos, quando o planejamento estratégico é bem-feito, ele ajuda a integrar a empresa demonstrando a todos, por meio de uma comunicação clara e direta, em que fase o negócio está, no que se acredita e quais serão as etapas futuras.

Ele também ajuda a unificar a comunicação de todo esse entendimento perante os funcionários, fazendo com que cada um entenda os motivos pelos quais ele foi designado para sua função.

O passo a passo para desenvolver um planejamento estratégico

Não há uma única forma de estruturar o planejamento estratégico, mas existem algumas etapas que devem ser seguidas no processo de elaboração dessa ferramenta para que ela seja eficiente e adequada ao negócio. Veja quais são esses passos nos tópicos seguintes.

Estabelecer a identidade organizacional

A identidade organizacional é a base para qualquer empresa de sucesso, já que será a partir dela que as decisões serão tomadas, elaboradas as políticas e os regimentos internos, definida a cultura organizacional e outros elementos da empresa.

Na prática, deverão ser estabelecidas a missão, a visão e os valores (MVV). Entenda melhor cada um desses termos:

  • missão: trata-se da razão pela qual a empresa foi criada;
  • visão: é a situação que a empresa pretende alcançar;
  • valores: são os princípios que devem ser seguidos por todos os colaboradores e gestores do negócio.

Pode-se buscar inspiração em outras empresas no mercado. Por exemplo, a missão da Tesla Motors é “acelerar a transição do mundo para utilização de energias sustentáveis”. Entretanto, lembre-se que a identidade organizacional deve ser única e pensada especificamente para seu negócio.

Definir o objetivo

Aqui deve ser estabelecido o caminho a ser percorrido pelo negócio, ou seja, seus objetivos e suas metas. Os objetivos são os resultados mais abrangentes e que deverão ser conquistados em longo prazo. Já as metas são de curto prazo e funcionam como uma trilha para alcançar os objetivos. Para elaborá-las adequadamente, faça com que elas sejam SMART. Veja o que significa essa sigla:

  • S (específicas): devem ser claras e objetivas;
  • M (mensuráveis): os gestores precisam conseguir medir o progresso da meta;
  • A (atingíveis): caso elas sejam inatingíveis, os colaboradores não estarão engajados no planejamento;
  • R (relevantes): elas devem causar impactos positivos ao negócio e ajudar a atingir os objetivos;
  • T (temporais): determina-se um prazo limite para atingi-la.

Analisar o mercado externo

Os gestores precisam entender claramente o ambiente externo, que consiste no funcionamento do mercado e suas características, além de monitorar suas mudanças. Há dois tipos de forças no mercado externo, uma delas é a macroambiental, que envolve questões amplas e que refletem a sociedade de forma geral. Veja exemplos:

  • demográficas;
  • econômicas;
  • tecnológicas;
  • políticas;
  • sociais;
  • culturais.

O outro tipo de ambiente é denominado microambiental, que são temas menores e que a empresa tem maior controle, como:

  • fornecedores;
  • consumidores;
  • concorrentes;
  • parceiros;
  • canais de distribuição; entre outros.

Identificar pontos fortes e fracos

Antes de definir suas estratégias e planos de ação, deve-se conhecer o ambiente interno do negócio — que são as suas forças e fraquezas —, que podem envolver seus colaboradores, produtos ou serviços, procedimentos, entre outros aspectos. Os pontos fortes devem ser aproveitados de maneira inteligente e maximizados.

Confira exemplos que podem estar presentes na empresa:

  • transformação digital, que é a utilização de tecnologias de ponta para obter economia, segurança e agilidade
  • nos procedimentos internos;
  • colaboradores esforçados e com perfil ideal ao negócio, que são conhecidos como talentos;
  • diferencial competitivo impactante;
  • fornecedores e parceiros de qualidade;
  • boa localização ou atuação online.

Em relação aos pontos fracos, eles devem receber atenção especial e ser superados. Alguns são:

  • falta de recursos financeiros;
  • desorganização financeira;
  • elevado índice de insatisfação dos clientes;
  • falta de modernização dos processos;
  • falta de talentos ou pessoal qualificado.

Estruturar uma estratégia

Depois de realizar os passos anteriores, os administradores poderão criar a estratégia adequada para seu negócio. É preciso tomar alguns cuidados nesse processo, pois a aplicação das técnicas deve seguir estas fases:

  • concepção: observar se ele condiz com a identidade organizacional;
  • análise de cenários: fazer simulações de três possíveis cenários e resultados, um otimista, um pessimista e outro realista (mais provável de ocorrer);
  • elaboração: desenvolvem-se os objetivos, metas e o plano de ação;
  • implantação: definem-se os colaboradores para cada atividade e as medidas são colocadas em prática;
  • avaliação: são aplicados indicadores-chave de desempenho (KPIs) para monitorar os resultados;
  • reavaliação: a estratégia é aprimorada.

Aplicar um plano de ação

Esse plano está dentro da estratégia e é uma lista de ações que devem ser tomadas pelos colaboradores para alcançar as metas. Ele também deve incluir os serviços que serão contratados, os materiais necessários, entre outras medidas.

O gestor precisa estudar as metas e identificar os fatores que as fizeram ser alcançadas ou não. A revisão do plano é feita uma vez ao mês; nesse ato, o gestor avaliará os resultados e aperfeiçoará as ações antigas.

Os pontos de atenção na construção do planejamento estratégico

Ao definir as metas a serem perseguidas pela empresa e as formas como se pretende fazer isso, alguns pontos devem ser observados com muita atenção para que sua empresa se depare com menos imprevistos e seja mais efetiva na construção do planejamento.

Objetivos

Ao definir os objetivos, tenha o cuidado de fazer isso de maneira bastante realista e de fácil mensuração.

Algumas empresas, na hora de definir suas metas, acabam entrando em discussões e se desvirtuando um pouco do negócio. Isso pode fazer com que elas tirem o foco de onde deveriam e acabem por definir objetivos muito fora de suas realidades.

Outro problema é deixar os objetivos de lado. A energia investida nessa tarefa precisa fazer algum sentido, do contrário não precisaria gastar seu tempo com essa tarefa.

Contexto do mercado

Ao estruturar um plano de ação, é muito importante que se observe e respeite a situação de mercado. É preciso ser realista e avaliar bem o contexto em que se está inserido. Por isso, ao criar o seu planejamento estratégico, lembre-se de considerar o que anda acontecendo ao redor e como o ambiente externo pode afetar sua empresa.

Planos de expansão

Ampliar o negócio é o sonho de muito gestor e uma responsabilidade bem grande. Acontece que muito empreendedor investe um bom tempo e recursos buscando expandir sua empresa e esquece o que é conseguir gerir toda ela (agora maior), tendo as responsabilidades antigas acrescidas das novas.

Para que se possa crescer é necessário ter uma estrutura bem-administrada e controlada — do contrário, o risco é grande. Ao fazer um planejamento que envolva a ampliação do negócio, tenha certeza que a sua atual operação está rodando bem.

Processos financeiros

Todo líder sabe que, por mais que se tenha um produto de qualidade, uma clientela específica ou qualquer outra variável que mereça destaque, o coração da empresa é o financeiro e que basta olhar para ele para saber como andam as coisas. Lembre-se de considerar sempre os seus processos financeiros no desenho do planejamento estratégico.

Busque formas de reduzir custos e maximizar lucros. A sobrevivência de sua empresa depende disso todos os dias. Veja o que pode ser automatizado e agilizado. Diminua a possibilidade de erros e nunca descuide dos seus relatórios.

Clientes

Independentemente do seu tipo de negócio, ao criar um plano de ação para nortear o futuro da sua empresa, lembre-se quem é o seu público-alvo. Ele precisa ser uma das suas preocupações quando o assunto é o futuro da empresa. Ao traçar metas, pondere como esse público-alvo poderá se comportar.

Tente manter fidelizados os clientes que você já tem e busque criar oportunidades para a conquista de novos.

As ferramentas para construir seu planejamento estratégico

Para quem já sabe mais ou menos o que quer, mas ainda anda tropeçando em como fazer as coisas acontecerem e como definir tudo de forma prática, existem algumas ferramentas que podem ajudar a ter uma postura mais acertada.

Análise SWOT

Dividindo o estudo do seu contexto atual em ambiente interno e externo, a matriz SWOT consegue avaliar bem o cenário no qual seu negócio está inserido e mostra possíveis caminhos para a sua gestão se tornar mais estratégica.

Estudando a parte interna da empresa, temos o levantamento das forças (S — Strengths), quando você deve identificar e anotar os pontos fortes da sua empresa, aquilo em que ela se destaca em sua operação diária.

Quanto às fraquezas (W — Weaknesses), elas se referem às dificuldades enfrentadas, carências que precisam ser resolvidas para que a empresa tenha um desempenho melhor.

Olhando para o ambiente externo temos as oportunidades (O — Opportunities) e as ameaças (T — Threats). Elas são, respectivamente, os aspectos favoráveis e desfavoráveis que podem ajudar sua empresa a explorar melhor o mercado ou ter que encontrar formas alternativas para isso.

5W2H

O 5W2H consiste em responder 7 questões bem objetivas, mirando sempre as metas estabelecidas para a empresa. Com ele, seu planejamento estratégico ganha automaticamente um plano de ação bastante funcional, o que deixa mais fácil atingir os objetivos propostos.

Basicamente o que se precisa fazer é responder às seguintes perguntas:

  • 1º W (What) — O que será feito?
  • 2º W (Why) — Por que será feito?
  • 3º W (Where) — Onde será feito?
  • 4º W (When) — Quando será feito?
  • 5º W (Who) — Por quem será feito?
  • 1º H (How) — Como será feito?
  • 2º H (How much) — Quanto vai custar?

Ao destrinchar seus objetivos com essas questões, ficará bastante claro como você deve proceder para atingir cada um deles.

5 forças de Porter

Essa ferramenta foi desenvolvida por Michael Porter — um professor da área de Administração e Economia da Harvard Business School — e tem a finalidade de avaliar o ambiente externo da empresa. Ao aplicá-la, os gestores analisam 5 aspectos em que conseguem encontrar as maiores forças e oportunidades para tornar o negócio mais lucrativo.

Entenda quais são as 5 forças de Porter:

  1. poder de negociação dos fornecedores: a empresa deve ampliar suas opções de fornecedores para não depender de apenas um deles;
  2. poder de negociação dos clientes: se o mercado consumidor tiver muitas opções à disposição, é necessário criar diferenciais para angariá-los e retê-los;
  3. competitividade: quanto maior for a rivalidade no mercado, mais difícil será competir nele;
  4. ameaça de produtos substitutos: deve-se analisar se há produtos substitutos que atendem às mesmas necessidades dos clientes;
  5. ameaça de entrada de novos concorrentes: é a facilidade e a possibilidade de surgir novos concorrentes no mercado.

Matriz BCG

Essa metodologia foi criada pela consultoria Boston Consulting Group na década de 1970 com o objetivo de definir a relação dos produtos ou serviços e a aceitação do consumidor.

A matriz se trata de uma representação gráfica dividida em dois blocos: uma se refere à taxa de crescimento do produto ou serviço, enquanto a outra trata da sua participação atual no mercado. Esses blocos são subdivididos em um nível alto e outro baixo, resultando em quatro cenários possíveis:

  • estrela: trazem muitos lucros para time de vendas;
  • interrogação: não há certeza sobre o futuro do produto ou serviço;
  • vaca leiteira: abastecem bastante o caixa sem muito investimento em marketing ou vendas;
  • abacaxi: não geram lucro para a empresa.

Mapa de empatia

Esse mapa ajuda os gestores a entenderem melhor seu público-alvo e traçar o perfil do cliente ideal. Ele é elaborado ao responder as 6 seguintes perguntas sobre os consumidores em relação à empresa:

  1. O que eles pensam e sentem?
  2. O que eles escutam?
  3. O que eles falam e fazem?
  4. O que eles veem?
  5. Quais são as suas dores?
  6. Quais são os seus ganhos?

Essas informações permitem que os gestores encontrem os desejos, comportamento e dores dos clientes, ajudando a empresa a moldar seus produtos e serviços para melhor satisfazer seu público.

Ao seguir os passos, considerar as dicas e utilizar as ferramentas explicadas neste conteúdo, você conseguirá montar um planejamento estratégico completo, profissional e de forma acertada para sua empresa, impulsionando seu crescimento no mercado.

Por Grace Almeida 28 de abril de 2025
Com isso, os trabalhadores, no caso de demissão sem justa causa, poderão retirar somente o valor do FGTS que não for dado em garantia dos empréstimos consignados. 💲 Por exemplo : se o trabalhador tem um saldo no FGTS de R$ 100 mil, e foi demitido sem justa causa, mas deu R$ 50 mil em garantia aos empréstimos, ele poderá sacar somente a diferença , ou seja, R$ 50 mil. O restante fica com o banco para quitar o saldo devedor do empréstimo. Caso o trabalhador tenha um saldo devedor superior ao FGTS dado em garantia, ele ainda carrega umas parcelas de dívida para o próximo emprego. Nesse caso, incidem ainda os juros sobre os valores que deixaram de ser pagos na data correta. O processo é semelhante ao saque aniversário, no qual 9,5 milhões de trabalhadores não puderam sacar todos os valores por terem buscado linhas de crédito nos bancos para antecipar os recursos. 💲Nesta modalidade, as parcelas são quitadas com desconto no contracheque, ou seja, no salário do funcionário que pega um empréstimo em uma instituição financeira. Crédito via aplicativo da Carteira de Trabalho Digital e regulamentação ➡️Segundo o Ministério do Trabalho, a busca pelo crédito pode ser feita por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital). Entretanto, embora esteja na Medida Provisória publicada na semana passada sobre o assunto, o uso do FGTS como garantia – que permitirá a redução da taxa de juros nestas operações – ainda não está formalmente regulamentado. Essa possibilidade, prometida pelo governo, ainda tem de passar pela análise do Conselho Curador do FGTS — algo que está previsto para acontecer somente em 15 de junho. Mas esse prazo pode ser reduzido. O secretário-executivo do Ministério do Trabalho lembra que a garantia só será acionada no caso de demissão dos trabalhadores sem justa causa , e que o período de tempo que os contratos fechados ficarão sem garantia formal é pequeno, de pouco menos de dois meses. "A garantia dos 10% e dos 100% da multa está previsto em MP [Medida Provisória]. O que tem de regulamentar é a forma do pagamento. Pode dar um problema [com os bancos], mas eu acho que é muito difícil de acontecer. Se for acontecer, é muito residual. Isso pode estar no contrato, mas não vai ter a regulamentação até 15 de junho. Estamos tentando antecipar essa data [da reunião do conselho do FGTS, que precisa aprovar a medida]" , disse Macena. "Estamos falando de alguém que vai contrair empréstimos dia 21, e tem de ser demitido até 15 de junho. Pode ser demitido antes, pode. O risco que vai ficar para frente vai ser de um mês ou menos que isso. Eu acredito que não tenha [risco]. Isso foi muito discutido com os bancos, e a análise de todos é que o risco é muito pequeno. Regulação [que falta] é a forma operacional. Não é a autorização para usar, é a forma como vai ser feito isso", acrescentou o secretário-executivo. Como aderir? Os trabalhadores podem acessar a plataforma para analisar as ofertas de empréstimos, comparando, por exemplo, as taxas de juros. 🔹 Por meio do aplicativo, o trabalhador solicita a proposta de crédito às instituições financeiras habilitadas pelo governo. O trabalhador autoriza o acesso a dados como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa. 🔹 Propostas: após solicitar o crédito, o trabalhador recebe ofertas dos bancos em até 24h. O trabalhador poderá comparar ofertas e escolher a opção mais vantajosa. 🔹 Comprometimento de até 35% do salário bruto: O limite inclui benefícios, abonos e comissões. O sistema entrou em operação pelos bancos na sexta-feira (21). Quem já tem um consignado ativo poderá migrar para a nova linha a partir de 25 de abril. A portabilidade entre os bancos poderá ser realizada a partir de 6 de junho. 🔹 Desconto automático: O empregador será responsável por descontar a parcela do salário e repassá-la à Caixa Econômica Federal, que fará o pagamento aos bancos credores. A GBA está avaliando a melhor forma de operacionalizar essa nova obrigação e como orientar empresas do terceiro setor sobre seus impactos e benefícios. Se você quer entender melhor o FGTS Consignado e garantir que sua organização esteja preparada, fale com a GBA Cont. Estamos aqui para te ajudar a tomar decisões seguras e alinhadas com a legislação.
Por Grace Almeida 24 de abril de 2025
A Portaria MTE nº 435, publicada em 20 de março de 2025 , regulamenta os critérios e procedimentos operacionais para os empréstimos consignados em folha de pagamento, conforme previsto na Lei nº 10.820/2003, atualizada pela MP nº 1.292/2025 . O texto traz definições importantes, requisitos para habilitação das instituições financeiras, limites de margem consignável, uso de tecnologia (como reconhecimento biométrico) , e a operacionalização por meio da Plataforma Crédito do Trabalhador. Além disso, detalha regras para simulações, portabilidade, renegociação, rescisão de vínculo empregatício e desistência contratual, reforçando a proteção ao trabalhador e a transparência nas operações. Acesse no botão com a portaria completa: 
Por Grace Almeida 15 de abril de 2025
Com a atualização da NR-1, gestores de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) também passaram a ouvir com mais frequência expressões como riscos psicossociais, GRO, PGR e mudanças em saúde e segurança no trabalho. Mas, afinal, o que tudo isso significa na prática para uma instituição do terceiro setor que muitas vezes opera com recursos escassos e uma estrutura enxuta? Neste artigo, a GBACont que há mais de 15 anos atua com contabilidade especializada para o terceiro setor te ajuda a entender com clareza e responsabilidade o que sua organização precisa (ou não) implementar a partir de maio de 2025, de acordo com seu porte, grau de risco e natureza das atividades. 1. O que é a NR-1 e por que afeta sua OSC? A NR-1 (Norma Regulamentadora nº 1) trata das disposições gerais sobre segurança e saúde no trabalho, sendo a base legal para todas as demais normas. A partir da Portaria MTE nº 1.419 , publicada em agosto de 2024, a NR-1 passou por uma atualização importante: ela passa a exigir que as organizações considerem os riscos psicossociais no ambiente de trabalho. Essa exigência entra em vigor no dia 25 de maio de 2025. É importante dizer que nem toda OSC precisará alterar seus processos por causa disso. A obrigação depende do grau de risco e do tipo de atividade desenvolvida, entre outros critérios que explicaremos a seguir. 2. O que muda com a atualização da NR-1? A partir de maio de 2025, o Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO ) e o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) devem incluir os chamados riscos psicossociais que impactam diretamente a saúde mental e emocional dos trabalhadores. Quais são os riscos psicossociais mais comuns? Estresse crônico Carga excessiva de trabalho Assédio moral ou sexual Ambiente de trabalho hostil Insegurança emocional Esses riscos sempre existiram, mas agora precisam ser formalmente identificados e tratados , caso estejam presentes no ambiente da organização. Se sua OSC atua com equilíbrio emocional e não apresenta indícios desses fatores, provavelmente nada muda . 3. O que são PGR e GRO? GRO é o processo contínuo de identificação, avaliação e controle de riscos no ambiente de trabalho. PGR é o documento que registra esse processo, sendo exigido sempre que houver riscos identificados. A atualização da NR-1 exige que o PGR abranja todos os tipos de riscos , inclusive: Psicossociais Físicos Químicos Biológicos Ergonômicos De acidentes 4. Quem é obrigado a elaborar o PGR e o PCMSO?
Por Grace Almeida 14 de abril de 2025
O Supremo Tribunal Federal reconheceu que o debate sobre pejotização tem impacto nacional e suspendeu todos os processos que tratam do tema até que o caso seja julgado definitivamente. A decisão envolve três pontos centrais: Se a Justiça do Trabalho pode julgar fraudes em contratos civis; Se é legal contratar um profissional como PJ mesmo com características de vínculo empregatício; Quem deve provar se houve ou não fraude — a organização ou o trabalhador. Essa decisão é especialmente relevante para o Terceiro Setor, onde é comum a contratação de profissionais como PJs. No entanto, se esses profissionais: Têm jornada fixa, Recebem ordens diretas, Trabalham exclusivamente para a organização, E não possuem autonomia... ...isso pode configurar vínculo empregatício disfarçado. 📌 Por que isso importa? Porque além de riscos jurídicos, essa prática pode afetar a imagem e os valores da sua OSC. Segurança jurídica também é compromisso social. 👉 Agora é a hora de revisar contratos, práticas e garantir que sua organização esteja em conformidade com a lei. A GBACONT está pronta para te apoiar nesse processo, com conhecimento técnico e sensibilidade ao contexto das organizações sociais. 📥 Clique aqui e baixe o conteúdo completo.
Por Grace Almeida 11 de abril de 2025
E isso não é só teoria. É realidade. Planejamento não é luxo. É o que transforma intenção em resultado. Organizações como o ChildFund Brasil captaram milhões por meio de campanhas estruturadas, com começo, meio e fim bem definidos. Plataformas como a Kickante já movimentaram mais de R$300 milhões em doações no Brasil. Ou seja: com clareza, processo e estratégia, a captação acontece de verdade. Comece com um objetivo claro Toda boa campanha de captação começa com uma pergunta simples: Pra quê você quer captar? A partir dela, você precisa definir: Quanto você precisa? Em quanto tempo? Para qual finalidade? Sem clareza, não há confiança. E sem confiança, não há doação. Estruture como vai captar Você vai captar recursos por onde? Pix? Plataforma de doação? Evento beneficente? E mais importante: como o doador vai saber que pode confiar? A transparência, aliada à praticidade, é um dos principais fatores que aumentam a conversão. A contabilidade precisa estar dentro da campanha Sim, a contabilidade faz parte da captação! Pergunte-se: Como os recursos arrecadados serão registrados? Você vai emitir recibo de doação? Existe algum imposto envolvido? Se a campanha não está alinhada com a contabilidade da organização, ela pode virar dor de cabeça no futuro. A campanha começa antes… e termina depois Planeje todas as etapas com cuidado: Como será feita a divulgação? Como você vai agradecer os doadores? Como irá prestar contas de forma transparente? Cada uma dessas ações compõe a experiência do doador , e uma boa experiência gera novas doações no futuro. Conclusão Campanhas mal planejadas não apenas deixam de captar recursos. Elas comprometem a confiança em toda a organização. Salve este conteúdo e compartilhe com sua equipe para construir campanhas que realmente funcionam. E se quiser apoio na parte contábil, estamos aqui para ajudar você a crescer com segurança, clareza e impacto.
Por Grace Almeida 24 de março de 2025
Declarar o IR pode gerar muitas dúvidas , especialmente com as constantes atualizações e regras específicas que precisam ser seguidas. 🤨 No dia 27/03 10 horas, pelo Zoom, o Dr. Felipe , advogado tributarista, conduzirá um encontro exclusivo para esclarecer os principais pontos da Declaração do Imposto de Renda 2025. Assuntos que serão abordados: Declaração de offshores e suas regras Recolhimento do IR apurado em 2024 Prazos e formas de pagamento do imposto Doações: implicações e como declará-las Tributação sobre renda variável e investimentos ACESSE O LINK E CADASTRE-SE GRATUITO https://gbacont.com.br/imposto-de-renda-2025
Por Grace Almeida 24 de março de 2025
Atualização do manual do terceiro setor. Baixe agora e aprofunde seus conhecimentos com um conteúdo técnico, atualizado e essencial para quem quer se destacar nesse segmento cada vez mais relevante!
Por Grace Almeida 20 de março de 2025
Passo a Passo para Realizar a AGO 1. Convocação A convocação deve obedecer aos prazos e meios definidos no estatuto da OSC , podendo ser realizada por edital, e-mail, site ou outros canais oficiais da organização. O documento de convocação deve conter: Data, horário e local da assembleia; Pauta com os temas a serem discutidos; Critérios de participação e votação. 2. Preparação da Assembleia Para garantir que tudo ocorra de forma organizada, é importante: Verificar o quórum mínimo necessário para validar as decisões; Organizar a lista de presença, que pode ser física ou digital; Definir a mesa diretora, composta pelo presidente e pelo secretário da assembleia; Disponibilizar documentos essenciais, como balanço financeiro, relatórios de atividades e a ata da assembleia anterior. 3. Realização da Assembleia Durante a assembleia, as seguintes etapas devem ser seguidas: Abertura: O presidente da mesa inicia a sessão e verifica o quórum; Apresentação da pauta: Cada item deve ser explicado e debatido entre os participantes; Votação: As decisões podem ser tomadas por aclamação, voto secreto ou outra forma definida no estatuto; Registro das deliberações: O secretário da assembleia deve anotar todas as decisões tomadas na ata. 4. Registro e Comunicação Após a realização da assembleia, é fundamental: Registrar a ata com as decisões tomadas, assinada pelo presidente e pelo secretário; Caso necessário, fazer o registro em cartório e enviar a documentação para órgãos reguladores; Comunicar as deliberações aos membros da OSC e garantir que as decisões sejam implementadas. Dica Extra Se a assembleia envolver a eleição da diretoria, é essencial organizar previamente a inscrição das chapas e verificar as regras de mandato no estatuto da OSC. Uma Assembleia Geral Ordinária bem organizada fortalece a transparência, a governança e a credibilidade da OSC . Ao seguir essas etapas, sua organização garante que todas as decisões sejam tomadas de forma clara e alinhadas às regras institucionais. Gostou dessas dicas? Compartilhe este conteúdo com outras OSCs para que mais organizações possam se beneficiar de uma governança mais eficiente!
Por Grace Almeida 13 de março de 2025
O período de declaração do Imposto de Renda 2025 está chegando, e muitas dúvidas podem surgir.
Por Grace Almeida 18 de fevereiro de 2025
O papel das OSCs (organizações da sociedade civil) na execução de políticas cresceu consideravelmente após a redemocratização do país. OSCs gerem equipamentos públicos de complexidade variada (parques museus, hospitais) cadastram beneficiários e proveem serviços socioassistenciais a públicos vulneráveis. Quando articuladas em redes, tais organizações operam programas associativos de alcance regional ou nacional para ampliar e tornar territorialmente capilar o acesso a serviços e benefícios públicos, como ocorrido com a rede de pontos de cultura (Programa Cultura Viva) ou com os programas 1 Milhão de Cisternas, Crédito Solidário ou Minha casa Minha Vida Entidades. Todos esses serviços e atividades são realizados mediante diferentes formas de contratualização com o Estado, como convênios, termos de colaboração e de fomento. Tais formatos envolvem a pactuação de entregas e serviços a serem prestados e público a ser beneficiado, tendo o repasse de recursos públicos como contrapartida. Para se ter uma ideia da magnitude das mudanças implicadas no crescimento dessas funções, é oportuno lembrar que, na virada dos anos 1990, o termo ONGs (organização não-governamental), estava predominantemente associado ao papel democratizador e de advocacy desses atores, e não a seu ao seu papel nas políticas públicas. Porém, a ampliação do papel da sociedade civil nas políticas públicas tornou-se alvo de disputa política nacional, em boa medida pelos recursos públicos implicados e pela definição de critérios capazes de garantir lisura e eficiência na sua alocação. Em 2001 foi instalada no Senado a primeira CPI das ONGs, orientada a investigar denúncias de irregularidades no uso de fundos públicos em determinadas áreas e regiões do país. De um ponto de vista geral, os dois anos de duração da CPI emitiram sinal claro: no discurso da classe política e na opinião pública, as organizações da sociedade viam se dissipar a aura de força democratizante herdada da transição. Cinco anos depois, o Senado instaurou a segunda CPI das ONGs, cujos trabalhos se estenderam por três anos (2007-2010) 1 . O fato determinado não era a publicização de denúncias de malversação de fundos públicos, mas a questão mais geral da liberação de recursos do governo federal para essas organizações, evidenciando que este ponto tinha se tornado delicado e demandava regulação mais específica. Diante da tendência geral de expansão do papel das OSCs na execução de políticas e das mudanças de conjuntura política, ora mais, ora menos favoráveis às OSCs, cabe perguntar: será que o volume de transferências segue padrões definidos pelas prioridades de governos federais ou é afetado pelos ciclos eleitorais ou por dinâmicas setoriais? Nenhuma das duas CPIs encontrou irregularidades generalizadas e a segunda foi um passo importante para avançar no desenvolvimento de uma regulação mais adequada ao perfil das OSCs. Em 2010, uma rede de mais de 100 organizações apresentou aos candidatos à presidência uma carta com uma “plataforma por um novo marco regulatório das organizações da sociedade civil”, que resultou a instituição de um Grupo de Trabalho que, ao longo de 4 anos de discussões junto aos três poderes, resultou na Lei 13.019/2014, conhecida como MROSC (Marco Regulatórios das Organizações da Sociedade Civil). Mesmo com nova regulação, durante os anos do Governo Bolsonaro algumas organizações voltaram a se tornar objeto de ataque seletivo, com tentativas de restrições de acesso a financiamento para organizações com atuação em temas ambientais, estudantis e sindicais, dentre outros. Diante da tendência geral de expansão do papel das OSCs na execução de políticas e das mudanças de conjuntura política, ora mais, ora menos favoráveis às OSCs, cabe perguntar: será que o volume de transferências segue padrões definidos pelas prioridades de governos federais ou é afetado pelos ciclos eleitorais ou por dinâmicas setoriais? A resposta, ao observarmos a evolução dos dados de repasse anual para entidades sem fins lucrativos (modalidade 50), é que não há uma correlação direta com ciclos eleitorais, embora algumas flutuações possam ser correlacionadas com momentos de crise política ou econômica. É preciso destacar ainda que as bases orçamentárias de acesso público apresentam limitações à consulta e elaboração de uma série precisa quanto ao volume de transferências federais para organizações da sociedade civil. A indisponibilidade de informações sistemáticas no nível de desagregação das transferências por CNPJ, principalmente para outras modalidades orçamentárias que não a Modalidade 50, no caso das transferências federais, impede rastrear recursos recebidos por OSCs por meio da Modalidade 90. Inconsistências também são observadas na forma de disponibilização dos dados ao longo do tempo, dificultando a completude de levantamentos que tenham como objetivo cobrir séries temporais mais longas, sobretudo anteriores ao ano de 2007. Feitas essas ressalvas e a partir dos dados apresentados, não se verifica uma clara correlação com ciclos eleitorais, havendo variações que podem estar relacionadas com diversos fatores políticos, econômicos e regulatórios. Porém, é possível afirmar que a crise política e econômica vivida no país a partir de 2015 alterou o padrão de transferências para OSCs. Outros fatores no período a serem considerados como fatores intervenientes sobre tais repasses são a entrada em vigor e regulamentação da Lei 13.019 a partir de 2016, bem como a expansão dos repasses por meio de emendas parlamentares, a partir de 2020. É preciso realizar novas análises no próximo período para verificar se haverá uma retomada do padrão anterior ou se, de fato, há um novo padrão estabelecido nos repasses do Estado para organizações da sociedade civil. Artigo por: Adrian Gurza Lavalle é professor no Departamento de Ciência Política, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP (Universidade de São Paulo). Vice-diretor do Centro de Estudos da Metrópole, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Participa, Presidente do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento. Carla de Paiva Bezerra é doutora em ciência política (USP), membro da carreira de especialista em políticas públicas e gestão governamental e Diretora de Participação Digital na Secretaria-Geral da Presidência da República. Foi coordenadora do Mapa das OSCs (Ipea). Leticia Cavalcante dos Santos é graduada e mestranda em gestão de políticas públicas pela Each-USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo). 
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