FEEDBACK REVERSO E CONSTANTE AJUDA A RETER FUNCIONÁRIOS CONTRA ONDA DE DEMISSÕES.

8 de abril de 2022

Há um abismo entre o que os gestores das empresas enxergam e o que de fato se passa na cabeça dos
colaboradores – e esse é um dos fatores que geram ondas de pedidos de demissão . Em 2021, uma
pesquisa global da Microsoft apontou que 41% dos trabalhadores estavam considerando sair do seu
emprego dentro de um ano
. Entre os motivos, a estafa causada pela pandemia, o sentimento de
isolamento e a perda dos laços profissionais estavam no topo da lista.

Nos Estados Unidos, a questão se confirmou na prática. O Departamento de Trabalho do país informou
que 4,53 milhões de pessoas pediram demissão só em novembro de 2021. E não foi nenhuma surpresa:
poucos meses antes, a empresa de pesquisa de opinião Gallup já havia apontado que, devido ao que
batizou de grande renúncia (ou grande debandada ), 48% dos trabalhadores americanos estavam
procurando emprego ativamente ou de olho em novas oportunidades.

Com o passar do tempo e o novo modelo de trabalho já estabelecido – home office para uns, híbrido
para outros -, a insatisfação persiste. Segundo a pesquisa “O Futuro do Ambiente de Trabalho no Cenário Pós-Pandemia”, elaborada pela Nespresso Professional, enquanto 99% dos gestores dizem ser
necessário investir em ações de bem-estar , 47% dos colaboradores afirmam que as empresas não o
fazem, 43% acham as ações superficiais e 62% dizem que são mais teóricas do que práticas.

Quando questionados sobre a liberdade de relatar à empresa esse e outros problemas e dificuldades que
enfrentam, 42% dizem que não se sentem à vontade para conversar abertamente com a gestão.

“No levantamento que fizemos, observamos que, no cenário pós-pandemia, o limite entre pessoal e
profissional ficou tênue e as más práticas passaram a ser normalizadas”, afirma Bianca Carmignani,
líder de RH da Nespresso Brasil. Ela diz que a dificuldade nessa separação resulta em longas jornadas
de trabalho
e menos momentos de respiro, além do elevado nível de cobrança em busca por
produtividade.

“Os novos modelos híbridos estão exigindo que os líderes gerenciem diferenças e complexidades”,
observa. “Com os recursos certos, as pessoas podem ser produtivas e saudáveis de qualquer lugar, o que
acarreta uma segurança maior por parte do funcionário e ao mesmo tempo gera um ciclo de retenção de
talentos
por parte das empresas.”

Escuta ativa, encontros um a um

Apesar de vivermos novos tempos, o ambiente de trabalho frustra as pessoas sempre pelos mesmos
motivos, de acordo com Bruno Soares, CEO e cofundador da plataforma Feedz, focada em engajamento
e desempenho dos colaboradores. Ele fala que a má relação com líderes e a falta de entendimento sobre
a cultura da empresa costumam ser as principais dores.

“As pessoas muitas vezes não entendem qual é o objetivo do time e até da empresa”, afirma. Apesar de
existir um turnover natural por falta de casamento entre colaborador e empresa, ele explica que é
importante a gestão ter um olhar cuidadoso para as frustrações que causam os pedidos de demissão. E
esse olhar não pode acontecer apenas quando o jogo acaba, mas ao longo da jornada do profissional
dentro da organização.

Segundo Soares, as empresas precisam ficar atentas a três pontos para evitar que a insatisfação dos
colaboradores se torne uma bola de neve. O primeiro é estabelecer um alinhamento claro de objetivos e
expectativas. “Por que aquele caminho faz sentido? O objetivo de crescimento, tanto da empresa quanto
do profissional, tem que ser claro e transparente”, explica.

O segundo ponto é a escuta ativa – os colaboradores precisam ser ouvidos, a empresa tem que saber o
que passa pela cabeça das pessoas. “Pode ser uma plataforma, um canal de ouvidoria. Mas é importante
que os colaboradores possam falar de forma anônima sobre o que está havendo, estresse ou problemas
relacionais”, sublinha. Por fim, as reuniões individuais (one-on-one) entre liderados e líderes são
obrigatórias. “Em empresas que adotam essa relação mensalmente, as equipes são três vezes mais
satisfeitas”, ele aponta.

Relações positivas

Cientes da importância da retenção de talentos, algumas empresas já adotam práticas regulares de
feedback reverso ou inverso- não só os gestores, líderes e RH dizem aos colaboradores e times o que
precisa ser ajustado, como também buscam escutar deles o que não está bom.

A Math, especializada na relação entre tecnologia da informação e marketing, é uma delas. Com 250
funcionários, tem uma crença orientada por relações positivas. “Para nós, ouvir e entender as dores e
necessidades das pessoas é crítico e crucial e a gente faz por isso, investindo muito em ações de
comunicação e transparência”, afirma a líder de pessoas e cultura Gerusa Pires.

Entre as iniciativas, ela cita desde pesquisas de avaliação sobre o processo seletivo da empresa, feitas
com todos os candidatos, e devolutivas constantes durante o onboarding, até encontros one-on-ones
frequentes, conversas com o RH a cada dois meses sobre diferentes pilares da vida dos colaboradores
(bem-estar, promoção da saúde e melhorias no ambiente de trabalho) e uma plataforma colaborativa e
horizontal para times e líderes, por onde as pessoas podem acessar quem quiserem.

Há ainda um canal de ouvidoria em que as queixas, feitas em anonimato, vão diretamente para o CEO
da Math. “A gente intervém ao menor sinal de insatisfação, justamente para que ela não tome corpo”,
diz a executiva.

No caso da WeClever, desenvolvedora de uma plataforma de comércio conversacional, cultura e ações
internas caminham de mãos dadas com o próprio modelo de negócio da empresa, que consiste em
realizar atendimentos humanizados e criar tecnologias voltadas para ajudar pessoas durante a jornada
de compra online.

“Implementamos práticas diárias de humanização das relações internas da empresa, começando com
nossos roteiros de entrevistas aos candidatos até a rotina de trabalho com nossos colaboradores, de
qualquer nível na estrutura”, afirma o gestor de produto Otávio Limão.

Entre as práticas adotadas pela empresa está uma ferramenta online em que os usuários podem inserir
sentimentos, realizações ou frustrações. “A partir desses registros, nossa liderança consegue atuar para
solução ou reforço de boas práticas, com auxílio de uma equipe especializada que conta com
profissionais formados na área de psicologia”, ele exemplifica.

A empresa é outra que disponibiliza um canal seguro e exclusivo para ouvidoria e aplica pesquisas
periódicas para medir a satisfação dos funcionários, em que eles podem falar anonimamente sobre o
que pensam e sentem em relação ao trabalho, equipe ou liderança.

“Por conta da pandemia, para cuidar do bem-estar das pessoas que estão em casa, essas práticas foram
ainda mais exploradas e aderimos a algumas novas, como o aumento de benefício para auxílio de home
office”, diz Limão. “Também passaram por adaptação algumas práticas de interação, principalmente no
sentido de aproximar as pessoas, criando mais descontração.”

Liberdade de expressão e lives com o CEO

Na Arcos Dorados, empresa que opera a rede McDonald’s em 20 países da América Latina e Caribe, o
cuidado com as pessoas acontece a partir de programas e ações de apoio ao funcionário em toda a
jornada dentro da companhia, de acordo com Fábio Sant’anna, diretor de gente, diversidade e inclusão.
“A ideia é promover um ambiente de trabalho em que as pessoas se sintam confortáveis para serem
quem realmente são e se expressarem livremente”, afirma.

Para isso, a aposta na escuta ativa e na conexão entre as pessoas é intensa. Além da pesquisa de clima
anual, em que todos os funcionários são incentivados a avaliar anonimamente diversos aspectos da
companhia, desde o clima no ambiente de trabalho até o papel da liderança (com o objetivo de mapear
oportunidades e desenvolver planos de ação com base nos resultados), a organização realiza o “Papo
com o Paulo” – um encontro virtual trimestral de todos os colaboradores com o presidente, Paulo
Camargo.

Para preparar essa live, os colaboradores enviam previamente dúvidas sobre qualquer tema e o
presidente responde a cada uma delas durante a sessão.

A Arcos Dorados também faz pesquisas pontuais, como a Pulso, realizada em 2020 para entender como
os funcionários estavam se sentindo diante das constantes mudanças causadas pela pandemia. “O
questionário abordou temas como trabalho remoto, ambiente, comunicação, expectativas, trabalho em
equipe e liderança, entre outros”, explica o executivo.

A partir do resultado, diversas melhorias foram implementadas, segundo ele: disponibilização de
mesas, cadeiras e outros acessórios para que os colaboradores tivessem mais conforto para trabalhar
em casa, elaboração de uma política de home office e criação de conteúdos e treinamentos para auxiliar
no desenvolvimento de habilidades de comunicação remota e ajudar no gerenciamento do tempo, entre
outras.

Essas e outras iniciativas foram inclusive chanceladas pelo Great Place To Work, onde a companhia
ocupa atualmente a segunda posição na categoria “empresas de grande porte do varejo”, com mais de
10 mil funcionários.

Fonte: Agência Brasil

Por Grace Almeida 29 de julho de 2025
Sabemos que muitas vezes a rotina puxada das organizações impede a participação ao vivo em todas as formações, por isso, disponibilizamos abaixo os materiais de apoio usados durante a aula, para que você possa estudar no seu ritmo e continuar fortalecendo a gestão da sua OSC. Se você participou da aula, os arquivos vão te ajudar a revisar os principais pontos e colocar os aprendizados em prática com mais segurança. Se não conseguiu estar presente, aproveite para se atualizar com os materiais que abordam: Quais são os principais controles administrativos que uma OSC deve ter; Boas práticas contábeis que evitam problemas com prestação de contas; Dicas práticas para melhorar a gestão financeira do seu projeto social. 📌 Importante: esses conteúdos são parte de uma jornada de fortalecimento das OSCs. Fique atento(a) às próximas aulas e formações! Caso tenha dúvidas ou precise de apoio personalizado, a equipe da GBA está à disposição para te ajudar. 💬 📂 Baixe os conteúdos aqui:
Por Grace Almeida 22 de julho de 2025
Você já ouviu falar na Escrituração Contábil Fiscal (ECF) , mas ainda tem dúvidas se sua organização precisa entregar ou como fazer isso da forma correta? Esse é um assunto que merece atenção de todas as entidades do terceiro setor , especialmente porque o prazo final para a entrega é 31 de julho de cada ano. Vamos explicar o que é a ECF, quem está obrigado a entregá-la e quais informações precisam constar na escrituração. ✅ O que é a ECF? A ECF é uma obrigação acessória imposta pela Receita Federal, que faz parte do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital). Ela reúne as informações contábeis e fiscais da pessoa jurídica, com foco no Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ ) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) . A ECF substituiu a antiga DIPJ (Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica) desde o ano-calendário de 2014 (entrega em 2015 ) e tem como objetivo dar mais transparência e controle sobre a situação fiscal das entidades brasileiras. 🏛️ Terceiro setor também precisa entregar? Sim. Todas as entidades imunes e isentas estão obrigadas a entregar a ECF. Ou seja, mesmo igrejas, associações, fundações, ONGs e OSCs que não tenham fins lucrativos devem fazer essa entrega. O fato de não gerar lucro ou não pagar tributos não dispensa a obrigatoriedade de prestar contas. Desde o ano-calendário de 2015, essas entidades precisam informar anualmente seus dados contábeis e fiscais por meio da ECF. 📅 Qual o prazo de entrega? A ECF deve ser transmitida anualmente até o último dia útil do mês de julho, referente ao ano-calendário anterior. Por exemplo, a ECF 2025 se refere ao ano de 2024 e deve ser entregue até 31 de julho de 2025. 🧾 Quais informações a ECF deve conter? A ECF exige que sejam informados: Dados contábeis da entidade: receitas, despesas, créditos e débitos, saldos contábeis, entre outros; Informações fiscais relacionadas ao IRPJ e à CSLL (mesmo que não haja tributos a pagar); Registro Y612 , que inclui dados sobre dirigentes, conselheiros e sócios, especialmente para entidades imunes e isentas; Outras demonstrações e informações detalhadas que ajudam a Receita Federal a verificar a regularidade da entidade. Atenção: a ECF deve ser assinada com certificado digital ICP-Brasil. 🔄 E se minha entidade não entrega a ECD? Se a sua OSC não entrega a ECD (Escrituração Contábil Digital), a ECF ainda assim é obrigatória . Nesses casos, é necessário preencher alguns registros específicos que substituem parte da escrituração contábil, como o registro Y612 citado acima. ❌ Quem está dispensado? As únicas entidades dispensadas da ECF são: Pessoas jurídicas inativas (sem qualquer movimentação contábil ou financeira durante o ano); Empresas optantes pelo Simples Nacional (desde que não estejam obrigadas à ECF por outro motivo). ⚠️ Por que isso é importante para sua OSC? A entrega da ECF é mais do que uma exigência fiscal, é uma forma de sua organização comprovar sua transparência e regularidade contábil. O não envio ou o preenchimento incorreto pode resultar em multas, impedimentos para captação de recursos e perda de benefícios tributários, como a imunidade ou isenção. Além disso, manter a documentação contábil e fiscal em dia demonstra compromisso com a boa gestão, o que fortalece a confiança de parceiros, doadores e da sociedade. Em resumo: A ECF é obrigatória para todas as entidades imunes e isentas desde 2015; Deve ser entregue até 31 de julho do ano seguinte ao ano-calendário; Contém dados contábeis e fiscais essenciais; Mesmo entidades sem fins lucrativos devem prestar essa informação à Receita Federal. Na GBACont, somos especializados no terceiro setor há mais de 15 anos. Se você tem dúvidas sobre o preenchimento da ECF ou quer garantir que sua organização esteja regular com todas as obrigações fiscais, entre em contato com nosso time! Vamos juntos fortalecer a gestão da sua OSC com mais segurança e responsabilidade.
Por Grace Almeida 21 de julho de 2025
Nesse contexto, um elemento muitas vezes negligenciado pode ser o grande diferencial: o controle interno. Na GBACont, acreditamos que organizações fortes têm processos fortes. Por isso, desenvolvemos um método exclusivo para o terceiro setor, que fortalece a gestão e amplia o impacto social por meio de práticas estruturadas. Neste artigo, vamos explicar o que é controle interno, por que ele é tão importante para as OSCs e como colocá-lo em prática de forma eficiente. O que é controle interno? O controle interno é um conjunto de procedimentos, práticas e políticas adotadas para garantir que a organização funcione de forma segura, transparente e em conformidade com a legislação. Ele envolve todas as áreas: financeira, administrativa, operacional e jurídica. Mais do que uma exigência técnica, o controle interno é uma ferramenta estratégica de gestão que permite às OSCs: Tomar decisões mais assertivas; Evitar desperdícios e retrabalho; Fortalecer sua credibilidade diante de parceiros, financiadores e órgãos públicos.
Por Grace Almeida 16 de julho de 2025
A recente publicação da Lei Complementar 214/2025 , no Diário Oficial da União, representou uma conquista histórica para o Terceiro Setor. A norma estabelece a isenção de IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) para os Fundos Patrimoniais Filantrópicos, o que pode transformar a cultura de doação no Brasil. Essa medida foi celebrada pela Aliança pelo Fortalecimento da Sociedade Civil, uma coalizão apartidária que reúne organizações, institutos, fundações e especialistas dedicados ao fortalecimento da sociedade civil organizada. Para a Aliança, essa isenção representa um avanço estratégico para o financiamento de longo prazo de causas sociais relevantes, como saúde, educação, cultura, meio ambiente e ciência. Mas o que são Fundos Patrimoniais Filantrópicos? São estruturas criadas para captar doações privadas de longo prazo. O montante doado é mantido investido, e apenas seus rendimentos são utilizados para financiar projetos e atividades sociais de forma contínua. Essa lógica garante sustentabilidade financeira e previsibilidade para iniciativas de impacto. Com a nova isenção, o governo federal reconhece a importância de criar incentivos tributários à filantropia estruturada. A medida: Estimula doadores a investirem mais em causas sociais Reduz entraves burocráticos e financeiros Fortalece a cultura de doação planejada Incentiva a criação de novos fundos patrimoniais A expectativa é que essa mudança normativa impulsione a criação de mais fundos no Brasil, especialmente ligados a universidades, hospitais, museus, projetos ambientais e iniciativas científicas. Na GBACont , acompanhamos com atenção todas as atualizações legislativas que impactam a gestão contábil e estratégica das OSCs. Estamos comprometidos com o fortalecimento do Terceiro Setor e acreditamos que medidas como essa ampliam as possibilidades de transformação social. Quer saber como sua organização pode se preparar para captar recursos de forma mais eficiente? 👉 Entre em contato com nossa equipe e conte com especialistas em contabilidade para o Terceiro Setor.
Por Grace Almeida 11 de julho de 2025
A complexidade das leis, dos orçamentos públicos e dos critérios exigidos para acessar verbas governamentais pode afastar muitas instituições — principalmente quando se trata de recursos como emendas parlamentares ou incentivos culturais. Durante o Festival ABCR 2025, especialistas compartilharam orientações práticas para ajudar as OSCs a se posicionarem de forma mais estratégica frente ao poder público. A seguir, resumimos os principais aprendizados que podem transformar a relação da sua organização com os recursos públicos. Prestação de contas começa antes da parceria Segundo o consultor Rafael Vargas, uma das grandes barreiras no acesso a recursos públicos não está na burocracia em si, mas na falta de preparo das organizações. “A prestação de contas não é um problema em si — o problema é a falta de planejamento desde o início” , afirma. Ou seja, antes mesmo de firmar uma parceria com o poder público, sua OSC já deve ter estruturado os processos internos, prever a forma de execução e mensuração dos resultados e, principalmente, estar regular em todos os aspectos legais e contábeis. Além disso, conhecer o orçamento público é fundamental. Leis como o PPA (Plano Plurianual), a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e a LOA (Lei Orçamentária Anual) trazem sinais claros sobre onde o governo pretende investir — e onde as OSCs podem se encaixar. O que é a “Aplicação 50” e por que ela importa? Um dos códigos mais importantes na leitura orçamentária é a chamada Modalidade de Aplicação 50, que indica verbas destinadas às parcerias com OSCs. Antes de acreditar em promessas de apoio ao Terceiro Setor, o ideal é verificar se há previsão orçamentária para isso. Um bom exercício: pesquisar se esse código aparece no orçamento federal, estadual ou municipal — isso revela a real intenção de parceria. Parcerias públicas são parte da política pública De acordo com Pedro Henrique Cordeiro, diretor do Departamento de Parcerias do Governo Federal, as parcerias celebradas via Lei nº 13.019/2014 (MROSC) não são apenas mecanismos administrativos — elas fazem parte da própria política pública. A sociedade civil é chamada a cocriar soluções para os desafios sociais do país. Duas modalidades principais: Termo de fomento: proposto pela própria OSC. Termo de colaboração: executado com base em ações previamente estruturadas pelo Estado. Nesses modelos, a prestação de contas é orientada para os resultados e impactos sociais, e não apenas para a execução financeira tradicional. Emendas parlamentares: oportunidades e riscos As emendas parlamentares individuais permitem que OSCs recebam recursos com indicação direta, sem a necessidade de chamamento público. Porém, isso exige atenção redobrada: pendências fiscais, ausência de experiência, ou falhas no cadastro no TransfereGov podem impedir a execução do recurso, mesmo após sua liberação. É essencial que sua organização: ✔️ Esteja com a regularidade fiscal e jurídica em dia ✔️ Tenha experiência comprovada na área proposta ✔️ Preencha o TransfereGov com todas as atividades desenvolvidas Leis de incentivo à cultura: Rouanet e Aldir Blanc Henilton Menezes, do Ministério da Cultura, apresentou um panorama do fomento cultural no Brasil. A Lei Rouanet (incentivo fiscal) e a Lei Aldir Blanc (fomento direto a estados e municípios) são caminhos acessíveis também para OSCs que não atuam exclusivamente com arte — desde que o projeto apresentado tenha finalidade cultural clara e comprovada no estatuto e na atuação da entidade. Importante: a forma como o projeto é escrito faz toda a diferença. Projetos com objetivo social genérico (como “tirar crianças da rua”) dificilmente são aprovados. Por outro lado, ações com foco em formação cultural e impacto social bem delineado têm maior chance de aprovação. Acesso democrático e transparência Os dados sobre projetos aprovados, valores repassados e prestações de contas estão disponíveis nos portais do Ministério da Cultura e do TransfereGov . Além disso, novas iniciativas como Rouanet nas Favelas e Rouanet Norte/Nordeste têm ampliado o alcance dos recursos públicos a territórios antes pouco contemplados. Como a GBA pode ajudar sua OSC Aqui na GBA Cont, acompanhamos de perto a evolução das leis, sistemas e exigências contábeis e fiscais do Terceiro Setor. Com mais de 15 anos de experiência, ajudamos OSCs a se prepararem para acessar recursos públicos de forma segura, com a documentação correta, planejamento orçamentário e prestação de contas de excelência. Se a sua organização quer captar mais, e com responsabilidade. Fale com a gente. 📩 Entre em contato e saiba como podemos apoiar sua jornada!
Por Grace Almeida 8 de julho de 2025
Mas na prática, o que faz uma OSC ser levada a sério é a capacidade de inovar, prestar contas com clareza e engajar pessoas de forma constante. Você já se perguntou por que algumas organizações da sociedade civil conseguem atrair mais apoio, visibilidade e crescer de forma sustentável, enquanto outras parecem estagnar, mesmo com boas causas? A resposta está além da missão . O que realmente diferencia uma OSC no mercado é a forma como ela se estrutura, se comunica e se profissionaliza. Muitas organizações acreditam que ter uma causa nobre é suficiente para conquistar apoio , mas na prática, é a capacidade de inovar, prestar contas com clareza e engajar pessoas que abre as portas para um crescimento sólido. Quando a gestão se profissionaliza, é possível garantir que cada recurso seja bem utilizado, ampliando o impacto das ações e fortalecendo a credibilidade da organização. A transparência nas contas e nas ações é outro ponto essencial. Ela não deve ser apenas um discurso, mas uma prática diária que gere confiança e fortaleça laços com doadores, voluntários, financiadores e parceiros. Essa confiança é construída com organização, comunicação clara e prestação de contas eficiente. Outro fator decisivo é contar com uma equipe capacitada e bem orientada. Mesmo com um time comprometido, é a orientação técnica, especialmente contábil e estratégica que possibilita executar projetos de forma estruturada, alcançando resultados visíveis e mensuráveis. Quando uma OSC é organizada, transparente e envolvente , ela cresce de forma sustentável. Atrai mais apoio, conquista espaço no mercado e gera transformações reais na sociedade. A sua OSC já tem uma causa forte. Agora é hora de garantir que a gestão acompanhe esse propósito. A GBACont tem mais de 15 anos de experiência com o terceiro setor e entende as exigências específicas que uma organização social precisa cumprir para crescer com segurança e visibilidade. Se você sente que sua contabilidade atual não está entregando o suporte que sua OSC precisa, fale com a gente. Podemos caminhar juntos nessa transformação. 📩 Entre em contato com um especialista da GBACont e fortaleça a base da sua organização. 📊 Contabilidade especializada em quem transforma vidas.
Marketing digital para OSCs: por que começar sua comunicação pelo propósito da causa?
Por Grace Almeida 24 de junho de 2025
Descubra por que começar pelo propósito é essencial para sua OSC se destacar no marketing digital e engajar de forma estratégica.
Por Grace Almeida 18 de junho de 2025
Na última semana aconteceu na sede da OAB-SP o III Direito do Terceiro Setor: Law Summit , um dos eventos mais importantes do ano para advogados, gestores e lideranças de organizações da sociedade civil. Organizado pela Comissão de Direito do Terceiro Setor (CDTS) da OAB-SP , sob a liderança da Presidenta Laís Figueirêdo Lopes , o evento reuniu mais de 60 especialistas de todo o Brasil para discutir os caminhos jurídicos, operacionais e estratégicos que garantirão um futuro mais seguro e sustentável para as OSCs. Laís, que tem uma longa trajetória de atuação pública e jurídica voltada ao fortalecimento das OSCs, conduziu os debates com firmeza e sensibilidade, reforçando a importância de uma advocacia especializada, atualizada e profundamente comprometida com o impacto social. O evento também marcou o lançamento da obra coletiva “Direito do Terceiro Setor: Debates Contemporâneos” e contou com mesas especiais, como “Escute as mais velhas”, com a presença de Sueli Carneiro e Neca Setubal , que compartilharam saberes ancestrais e visões inspiradoras sobre justiça social e transformação. Se fôssemos resumir o III Law Summit em sete capítulos visuais, ele seria assim: 1. O Terceiro Setor em pauta! Um encontro histórico sobre o futuro jurídico das OSCs. O III Direito do Terceiro Setor: Law Summit – OAB-SP foi mais que um congresso: foi um chamado à ação. 2. Desafios em evidência Com o protagonismo crescente do Terceiro Setor, surgem novos desafios legais, éticos e de financiamento. O evento colocou tudo isso na mesa, com profundidade e soluções práticas. 3. Qual o futuro das OSCs? Especialistas provocaram reflexões sobre sustentabilidade, reformas, segurança jurídica e governança. O cenário é desafiador, mas há caminhos claros e possíveis. 4. Os grandes temas Reforma Tributária e impacto nas OSCs Regime jurídico e fundações Relações com o Estado e compliance LGPD e proteção de dados Financiamento via blended finance Governança e prestação de contas 5. Presenças marcantes O evento contou com nomes de peso, como Sueli Carneiro, Neca Setubal, Laís Figueirêdo Lopes, além de advogados públicos, dirigentes de OSCs e acadêmicos renomados. 6. Uma virada de chave O evento não apenas apresentou problemas, mas apontou soluções. Fortalecer a governança, criar mecanismos de transparência, inovar no financiamento e investir em formação jurídica foram os nortes defendidos. 7. Para onde vamos? Se você atua em uma OSC, é advogado ou gestor público, os aprendizados do III Law Summit devem guiar suas decisões nos próximos anos.
Por Grace Almeida 28 de maio de 2025
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Por Grace Almeida 21 de maio de 2025
A Receita Federal reforça o alerta aos contribuintes: o prazo final para a entrega da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2025 , referente ao ano-calendário 2024, encerra-se em 30 de maio, às 23h59min59s. Até agora, mais de 25 milhões de declarações já foram enviadas. A expectativa da Receita é receber, ao todo, 46,2 milhões de declarações até o encerramento do prazo. Declaração pré-preenchida em alta Para facilitar o preenchimento, a Receita oferece a declaração pré-preenchida, acessível para quem possui conta gov.br nos níveis prata ou ouro. Até o momento, 47,9% das declarações enviadas foram feitas por meio da modalidade pré-preenchida — número recorde em comparação a anos anteriores. Restituição: quem antecipa, recebe primeiro Além dos grupos legalmente prioritários — como idosos, pessoas com deficiência, portadores de moléstia grave e professores — também têm preferência na restituição os contribuintes que utilizarem a declaração pré-preenchida e/ou indicarem chave Pix com CPF. O primeiro lote será pago em 30 de maio, seguido por outros quatro até o fim de setembro. Para mais informações Acesse o portal oficial da Receita Federal